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LAVA JATO | Sem surpresas, TRF-4 nega recursos de Lula e dá seguimento ao golpe institucional

O Tribunal Regional Federal da 4° Região (TRF-4) negou dois recursos da defesa de Lula. Aprofundando cada vez mais o golpe com sua justiça seletiva e sem imparcialidade nenhuma.

quarta-feira 18 de abril de 2018 | Edição do dia

A defesa de Lula entrou novamente com mais dois recursos, e nessa quarta estes foram negados - como era de se esperar - pelo TRF-4. Esta renovada negativa unânime na segunda instância dá continuidade a parcialidade que a justiça vem atuando desde o início do golpe institucional e da operação Lava Jato, onde sua tendência vem sendo selecionar quem vai ser punido e quem não vai. E o principal fator para esta decisão é quem eles querem para tocar um programa de ataque aos trabalhadores que dê continuidade ao legado de Teme, por isso Alckmin foi salvo da Lava Jato.

Ontem o STF transformou o Senador Aécio Neves em réu por corrupção e obstrução da justiça. Numa tentativa de se mostrar imparcial, com as pressões em que vinha vindo de pesquisas que mostrava que mais da metade da população considerava a operação como parcial e que não julgava partidos. Um ato realizado apenas para fingir que é imparcial e que a farsa de toda essa operação venha a ser desmascarada.

A decisão do STF de torna Aécio como réu, não muda em nada já que ele vem muito desgastado e ilustra, com maior força o tratamento diferenciado a quem realmente importa para dar continuidade ao programa econômico e de governo do golpe. O maior exemplo é Geraldo Alckmin, candidato a presidência pelo partido de Aécio, que foi liberado de suas acusações serem julgadas pela Lava Jato.

Lula teve seus processos julgados em tempo recorde, e foi condenado "por tenho convicção mas não tenho provas", com o objetivo de criar melhores condições a quem o "mercado" abençoar como candidato em outubro.

A operação Lava Jato é intrinsecamente seletiva, serve para continuidade do golpe que tem como seu objetivo, descarregar toda a crise econômica nas costas dos trabalhadores, retomar as privatizações, a reforma da previdência e tudo que Temer prometeu mas ainda não terminou de cumprir. O ataque ao direito de Lula ser candidato visa garantir melhores condições eleitorais a quem possa tocar esses ataques numa intensidade e magnitude maior do que o PT poderia.

O judiciário brasileiro exemplifica um regime político e um Estado que é corrupto por natureza. Erguido em 1988 um regime político regido por leis tuteladas pelos militares, onde os juízes, políticos e empresários movem as peças do jogo de acordo com seus interesses. Não há pudor de inocentar ou culpar usando os mesmos fundamentos jurídicos, faz-se o que for melhor para o golpismo. Não se combate nenhuma corrupção, muito pelo contrário, buscam substituir um esquema por outros que sejam mais funcionais ao imperialismo.

Para combater realmente a corrupção, é necessário uma Assembleia Constituinte Livre e Soberana, que coloque abaixo os privilégios de todos procuradores, juízes e magistrados, que todos sejam eleitos e revogáveis pela população, que recebam o mesmo salário que um professor. Que sejam abolidos os tribunais superiores e que todo julgamento seja feito por júri popular.

Nós do Esquerda Diário, do Movimento Revolucionário de Trabalhadores e da Juventude Faísca colocamos todas as nossas forças para combater a arbitrariedade do judiciário e o golpe institucional e repudiamos a condenação arbitrária de Lula. Mas levamos adiante esta luta de maneira independente do PT, que assimilou os métodos de corrupção dos partidos capitalistas, governou junto com a direita e abriu caminho para o golpe institucional. O jogo de cartas marcadas no TRF-4, no STF, e em cada instância só renova mais a certeza que a luta contra o golpismo depende da organização e luta dos trabalhadores a partir de seus locais de trabalho.




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