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ELETROBRÁS | TRF-2 autoriza privatização de 6 distribuidoras da Eletrobrás

Temer e seus aliados golpistas avançam ainda mais com seu projeto privatista sobre grandes indústrias nacionais: Tribunal Regional Federal suspendeu decisão que impedia o leilão de 6 distribuidoras de energia da Eletrobrás. Enquanto isso, a conta de luz aumenta e os trabalhadores e a população pagam pela crise.

quarta-feira 18 de julho de 2018 | Edição do dia

Mais uma vez o governo golpista de Temer e seus lacaios no poder atacam empresas estratégicas do país. Utilizando-se de chantagem e da situação de crise nacional o discurso segue sendo o mesmo – sangrar a classe trabalhadora e vender a preço de banana empresas nacionais pra saciar a sede de lucro dos capitalistas.

Na terça-feira desta semana (17/07), André Fontes, presidente do Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF-2), suspendeu decisão que impedia o leilão de seis distribuidoras de energia da Eletrobrás que operam no Norte e Nordeste.
A liminar que impedia o leilão das distribuidoras foi concedida à Associação dos Empregados da Eletrobrás no dia 12/07 pela 19ª Vara Federal do Rio de Janeiro, e fez com que o BNDES suspendesse o processo. Agora, essa nova decisão do TRF-2 volta a colocar em pauta a privatização da empresa.

As unidades que estão na mira do golpismo são: Companhia Boa Vista Energia, Companhia Energética de Alagoas, Companhia Energética do Piauí, Centrais Elétricas de Rondônia, Companhia de Eletricidade do Acre e Amazonas Distribuidora de Energia.

Os trabalhadores da Eletrobrás realizaram uma paralisação de advertência de 24 horas em protesto à privatização da empresa no dia 17/07 e também marcaram outra paralização, de 48 horas, para o dia do leilão (26/07), caso o governo mantenha esse ataque.

Segundo André Fontes do TRF-2, que liberou o leilão, a privatização é “essencial para garantir a sustentabilidade da Eletrobrás, sobretudo, diante do cenário de crise fiscal da União e da impossibilidade de aportes por parte do acionista majoritário, o que poderia resultar no comprometimento do fornecimento de energia nas áreas hoje atendidas pelas seis distribuidoras”.

Ou seja, tentando esconder o real motivo da degradação da economia brasileira e desse governo já apodrecido o discurso se baseia na tal “crise fiscal da União”, que nada mais é do que uma manobra matemática para camuflar o principal mecanismo utilizado pelo capital financeiro para roubar toda a riqueza produzida pela classe trabalhadora, que é a “dívida pública”.

Dessa maneira, o governo golpista de Temer quer garantir altos lucros ao capital estrangeiro tanto por meio das privatizações de empresas estratégicas como também pelo pagamento dessa dívida ilegal, fraudulenta e ilegítima.

Leia também: Quem são os detentores da dívida pública?

Para barrar mais esse ataque é fundamental que a CUT, que dirige a Federação Nacional dos Urbanitários (FNU) e organizou essa paralização de ontem, impulsione uma verdadeira resistência pela base, com assembleias democráticas e unificando com outros setores como da Petrobras que também está sob ameaça de privatização.

Entretanto, também sabemos que a CUT não tem organizado a luta de maneira contundente já faz tempo e carrega em suas costas diversas traições, a mais recente é da própria Petrobras, e tem feito apenas alguns “golpes de efeito” para fingir que luta.

Por isso, para podermos dar um passo adiante contra a privatização da Eletrobrás, como também da Petrobras, é necessário superarmos esse imobilismo e traição promovidos pela burocracia sindical organizando fortes mobilizações em cada local de trabalho pela estatização completa, sob gestão dos trabalhadores e controle popular. Para que a gestão seja feita em benefício dos trabalhadores e do povo pobre, garantindo preço justo e acessível a toda população bem como melhores condições de trabalho.




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