Conselheiro Roque Citadini afirma existirem "irregularidades" no texto da convocação; novo adiamento é apenas mais um abuso do longo histórico de relações espúrias entre o Metrô de SP e as empresas privadas.
sábado 19 de março de 2016 | 01:08
A licitação do Metro de São Paulo para o termino da Linha 4-Amarela foi suspensa pelo Tribunal de Contas do Estado. As propostas deveriam ser recebidas nesta quinta feira, mas a licitação foi cancelada após o conselheiro do TCE-SP Antonio Roque Citadini acolher a representação, que afirma ter irregularidades no ato convocatório, em relação á forma de realização da garantia da proposta e que, conforme o texto ‘’afasta a possibilidade de oferta de seguro garantia’’.
O governo do Estado de São Paulo de Geraldo Alckmin do PSDB, nada mais é do que um grande balcão de negócios dos grandes empresários e dos bancos. O governo do PSDB faz seus acordos espúrios com empreiteiras e empresas terceirizadas, justamente porque enxergam o transporte como um gasto, pois é dinheiro a menos no bolso dos grandes capitalistas. Não podemos esquecer também que o governo federal do PT também tem uma postura de fortalecer a relação com as empreiteiras, fazendo inúmeros acordos com os mesmos.
Sabemos que os contratos que o Estado possui com as grandes empreiteiras é cheio de falcatruas, fraudes e que tem inúmeros acordos obscuros por trás. Enquanto isso, os trabalhadores e a população não tem o direito de um transporte de qualidade, enfrentam superlotação nos horários de pico, trens que constantemente tem problemas e mulheres que são assediadas.
Contra os acordos espúrios que o Estado faz com as grandes empresas, temos que estatizar todo o sistema de transporte sob o controle dos trabalhadores e funcionários, pois só assim podemos combater a corrupção que assombra não só o sistema de transporte, mas também todos os setores públicos. Isso mostra que a saída que setores que a direita como o PSDB, de querer fazer uma privatização profunda, gera ainda mais corrupção. Também não podemos confiar no petismo, que também impõe inúmeras medidas privatistas, como no caso da Petrobrás e da partilha do pré-sal.
