Havia muita expectativa em torno da apresentação da multi-artista Lady Gaga. Desde as alturas, animou o intervalo da partida entre os Atlanta Falcons e os New England Patriots.
quarta-feira 8 de fevereiro de 2017 | Edição do dia
Com a destreza que poderia invejar qualquer acrobata, desceu das alturas após cantar os patrióticos “God Bless America” (Deus abençoe os Estados Unidos) e “This Land is your Land) (Esta terra é sua terra). Este último, se você quiser, a mensagem mais direta à Casa Branca, em meio à polêmica pelo decreto xenófobo contra imigrantes e refugiados. Com um grande desempenho coreográfico, cantou seus melhores êxitos. Born this Way, Just Dance e Bad Romance fizeram dançar os centenas de milhares presentes.
Menção à parte merece a expectativa que se havia gerado em alguns meios de comunicação frente à sua postura em relação ao novo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. No ano passado, Beyoncé havia aproveitado o intervalo do Super Bowl para lançar uma forte crítica contra o racismo e a violência policial nos Estados Unidos, fazendo desfilar o #BlackLivesMatter.
O show completo de Gaga
FULL VIDEO: Lady Gaga performs at the #SB51 #PepsiHalftime Show https://t.co/pmpQFQ2qKu
— xoxo, Angel (@MonstersSpain) 6 de fevereiro de 2017
Em uma conferência de imprensa na última quinta-feira, já havia antecipado que seu show defenderia sua paixão pela inclusão. “Acredito no espírito de igualdade e que o espírito neste país é unido pelo amor, compaixão e bondade”, afirmou Gaga, que havia sido uma férrea crítica da política do presidente estadunidense Donald Trump. “Minha atuação defenderá essas filosofias”.
Em Novembro do ano passado, a música demonstrou seu fervoroso apoio à candidata democrata e chamou de “hipócrita” a esposa de seu opositor. #VoteHillary foi a consigna eleita para tweetar sua postura frente a seus mais de 64 milhões de seguidores.
Inegável a potência do espetáculo, que despertou o entusiasmo do público, o que contrasta com a moderação de sua mensagem a respeito de Trump – nesse show massivo –, em momentos em que grande parte dos jovens, das mulheres, dos latinos, dos afro-americanos e das pessoas LGBT manifestam-se nas ruas.
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