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RATING BRASIL | Standard & Poor’s prevê queda da nota da dívida brasileira

A agência Standard & Poor’s mantém a nota brasileira em "BBB-" e elogia os ajustes e cortes implementados pelo governo.

quarta-feira 29 de julho de 2015 | 00:31

A agência internacional de classificação de risco Standard & Poor’s manteve nesta terça-feira a nota da dívida brasileira de longo prazo em moeda estrangeira em em "BBB-", mas modificou a perspectiva de "estável" para "negativa", o que sugere um futuro rebaixamento. Dessa forma, os especuladores financeiros imperialistas chantageiam para que o governo aumente ainda mais os ataques contra os trabalhadores.

A decisão da agência manteve a qualificação de "grau de investimento", para os países considerados seguros para os investidores, embora com a ameaça de perder esse voto de confiança na próxima revisão. A segurança a qual se referem é de ter certeza que obterão altas taxas de lucro.

No comunicado, a Standard & Poor’s advertiu que o Brasil enfrenta grandes desafios
políticos e econômicos apesar do ajuste fiscal anunciado pela presidente Dilma Rousseff em janeiro, no início de seu segundo mandato, que representou "uma correção significativa", ou seja, aplaudem os ajustes de Dilma e Levy, mas exigem ainda mais.

A agência acrescentou: "revisamos a perspectiva para negativa porque, apesar das amplas mudanças a caminho, que continuamos achando que têm o apoio da presidente, há riscos crescentes para sua execução". Nesse sentido, destacou a contração da economia e o aumento da inflação, acompanhados da crise do Executivo pelo escândalo de corrupção e a dificuldade do governo com o Congresso.

A “qualificadora” imperialista Fitch também já advertiu que pretende revisar a nota da dívida brasileira após esse anúncio, e a Moody’s, que também classifica o Brasil no nível mais baixo dos países com "grau de investimento", ainda não se pronunciou.

Num momento no qual os trabalhadores e a população em geral já sofre bastante com o desemprego, a inflação e os cortes nos serviços públicos, os especuladores e capitalistas internacionais ameaçam assim retirar seus investimentos e promover uma “fuga de capitais” caso não venham mais privatizações, redução dos salários e cortes. Chantagem semelhante vimos ser feita pelo “mercado” e pela Troika contra o povo grego, porém em maior intensidade dado o nível da crise por lá.

Como mostra a experiência grega, não são os governos negociadores e submissos aos interesses imperialistas que podem enfrentar toda essa chantagem. Apenas a mobilização dos trabalhadores e todos os afetados pela crise podem fazer retroceder interesses tão poderosos.




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