×

DIA A DIA DA NOSSA CLASSE | Sobre um passado que ainda hoje se faz presente nos bandejões da USP: Um relato

segunda-feira 9 de novembro de 2015 | 09:40

Ao longo de muitos anos, a luta por melhores condições de trabalho, por garantia dos nossos direitos , por menos opressões e por melhorias de salários e benefícios, sempre se fez necessárias nos bandejões.

O apoio do Sindicato, que sempre esteve ao lado do trabalhador, e também de outras unidades sempre foi de fundamental importância para as conquistas tão almejadas, que foram incorporadas beneficiando a todos da USP, mostrando assim que, pra além da quantidade de funcionários companheiros que se juntam e paralisam, está a qualidade da união, que mostra a força e a capacidade que temos nas mãos.

O corte de ponto parcial referente à paralisação do dia 18 de setembro, não só feriu um direito do trabalhador, como também deixa clara a intensão de dividir e enfraquecer os trabalhadores para que desistam de suas lutas.

Lutas essas que trouxeram recentemente conquistas importantes para os trabalhadores , como a substituição dos pratos por bandejas, intervenção na elaboração do cardápio, a retirada dos domingos a fim de amenizar a sobrecarga de trabalho que se dá pela falta de contratação de funcionários.

Há quem ainda acredite em fidelidade por parte de chefia, quando se sabe que o que importa mesmo é você fazer o serviço, extraindo de você todo seu esforço físico, até á exaustão. Engana-se, quem ainda hoje espera reconhecimento profissional, através de bajulações ou peleguismo. É preciso tirar o pé do passado e abandonar de vez os resquícios de senzala e ditadura.

Muitos e emocionantes são os relatos de histórias de funcionários que há décadas se dedicam ao seu trabalho para um bom atendimento aos estudantes (inclusive os moradores do CRUSP), Funcionários ,visitantes em congressos, etc. São lembranças e mágoas , trazidas de um passado cheio de ressentimentos derivados de muitas opressões e abuso de poder. Muitos são, ainda hoje, os desabafos de funcionários que de alguma forma sofreram com a opressão.

Muitos foram humilhados ou sofreram outros tipos de ataques e, com medo de represálias, ficaram calados. São muitos os casos de pessoas que já se afastaram por lesões por esforços repetitivos (LER), cirurgias de mãos, punhos, lesões de ombros, coluna, etc.

Por tudo isso e muito mais que sei que cada um traz em suas consciências, é o que digo, que se não nos unirmos para lutarmos por melhores condições de trabalho, menos precarização, não a terceirização, nenhuma opressão e repressão, o que será de nossos filhos e netos amanhã? Terão empregos dignos ou sofrerão com os mesmos abusos praticados pelos patrões burgueses que continuarão no poder?

Pensem nisso!

Todos juntos somos mais fortes!




Comentários

Deixar Comentário


Destacados del día

Últimas noticias