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TERCEIRIZAÇÃO UNICAMP | Situações de abuso às terceirizadas da segurança na Unicamp

Não é de hoje que situações de trabalho são denunciadas em várias partes do país com relação à terceirização dentro das universidades públicas, a questão que vem à tona diz respeito àquela que é a maior referência nacional em pesquisa e ao mesmo tempo negligencia em diferentes patamares suas falhas e sem observar muitos dos que contribuem para o cuidado do espaço físico, trabalhadoras e trabalhadores presentes nos pontos de entrada e saída de institutos e da própria Unicamp em situações de desrespeito e desgaste.

domingo 1º de maio de 2016 | Edição do dia

O desestímulo às tarefas cotidiano é notório no discurso cansado daquelas e daqueles que se encontram responsáveis por zelar por um patrimônio ao qual não possuem o verdadeiro acesso ao espaço que deveria ser público. Tal se deve às muitas reclamações acerca das condições de trabalho não assistidas a esses funcionários patrimoniais começando por descontos injustificados de salários abaixo do piso até ambientes que não considerem conforto durante horário de almoço ou jantar com postos de trabalho exaustivos e desconfortáveis.

Sem saber o que fazer em meio a essa realidade, trabalhadores não veem a quem recorrer quando não há alternativas fora da exploração sofrida cotidianamente ao elencar cargas horárias de doze horas diárias em dias alternados sem direito a feriados ou finais de semana no repouso das casas, e quando férias é um direito, o empregador concede mais de um ano e meio depois da data que deveria.

Pensando por outro lado, enquanto pesquisadores forçados a darem aulas são colocados em pedestais altos, tais condições submetidas seriam uma verdadeira piada. Recheados de super salários e projetos de pesquisa voltados para o que seja privado, mas muitas vezes não se dão ao luxo de cumprimentar minimamente os que também trabalham na melhoria da Unicamp, vigias não possuem ainda adicionais noturnos incluídos aos décimos terceiros e holerites fornecidos apenas em quando requeridos mediante a burocracia bancária não correspondem ao que é depositado em conta. Sem contar é claro com a parte dessa elite intelectual que sequer joga o lixo nos locais adequados esperando que as moças das guaritas o notem.

Coloca se então um quadro emoldurado por desigualdades que cercam essas e esses vigias cotidianamente, com traços frágeis de quem não tem garantias enquanto a condição de existência como trabalhador terceirizado dentro do ambiente universitário: salários baixos, transeuntes apáticos, não há para onde correr, uma Unicamp conivente.

Mais um exemplo de situação absurda denunciada, que deprime cotidianos sem pensar em individualidades e sem melhorias de futuro, feitas justamente com essa finalidade. É o estigma do sacrifício físico de uns pelo lucro de poucos, lavados para retorno de menos ainda aglomerada à sujeira debaixo do tapete do burocrata vai no pano de terceirizado, 24/7. A lógica incorreta de explorar como opção: capital.

Universidade servindo a tal, otimizando custos pelo mesmo motivo, fazendo trocas de serviços, diminuindo na conta de quem os faz. Se o trabalho em si mesmo possui a ideia de terceirizar, trabalhadoras e trabalhadores a serem nada mais que minimizados: a custos, a reduzidos e nos reduzindo por vistas da figura do patrão, estudantes ainda, mas formados para servir. Sensibilidade do que seja comum, estudantes e trabalhadores devem estar do mesmo lado para que não igualados à moeda.




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