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"Sindicato dos Metroviários deveria ter chamado as centrais para Greve Geral Já!" Diz operador de trem

sábado 25 de março de 2017 | Edição do dia

O seminário da campanha salarial dos Metroviários de São Paulo tinha como alguns de seus pontos de pauta um balanço do dia nacional de paralisação ocorrido em 15 de março e a participação ou não do metroviários no "dia de mobilização" convocado pela CUT para 31 desse mês contra as reformas, em especial a trabalhista a partir da votação da terceirização ocorrida essa semana. Esses debates são muito importantes frente à agenda de ataques em curso e a possibilidade real de derrotá-los. "A postura da maioria das correntes políticas e sindicais presentes contribuiu a que o resultado do seminário esteja completamente aquém do que a estratégica categoria paulistana pode fazer para contribuir a que todos trabalhadores do país cruzem os braços e derrotemos as reformas reformas, Temer e os capitalistas", opinou Felipe Guarnieri, operador de trem da linha 1 e colunista do Esquerda Diário.

No debate sobre o dia 15 de março, a visão expressa por grande parte da diretoria do sindicato, composto em sua maioria pela CTB e CUT, foi que o sucesso da data seria decorrência da unidade das centrais sindicais. Discordando dessa avaliação e entrando no debate sobre a participação no dia 31 de março, Felipe Guarnieri, militante do MRT expressou a posição dessa organização política que impulsiona o Esquerda Diário. Veja o vídeo abaixo:

Essa posição de organizar a paralisação dos metroviários no dia 31 e sua exigência a todas centrais se destacou não somente da direção do sindicato, que através de dirigente da CTB afirmou que era “óbvio que não dava para garantir uma greve geral agora”, dizendo que isso era devido à “onda conservadora no país”, e que por isso não haveria subjetividade dos trabalhadores para entrarem em greve, quando não faltam mostras do contrário, como também destoou da posição do PSTU. Esse partido foi contrário à participação no dia 31 pois "não seria uma data fruto de construção coletiva das centrais".

"É chamativo que o PSTU dá tanto peso a que a direção das burocracias centrais acordem a data, em especial a Força Sindical, a mesma que hoje mesmo a Folha de São Paulo noticiou que estaria disposta a reduzir a resistência aos ataques de Temer desde que seja regularizado o repasse de dinheiro da contribuição sindical", comentou Guarnieri ao Esquerda Diário.

A mesa sobre o dia 31 foi composta por um representante da CUT, um representante da CSP-Conlutas, dirigida pelo PSTU, e por um representante do grupo de metroviários “Chega de Sufoco” que defende a Frente Povo Sem Medo.

Comentando o resultado resultado final do seminário Felipe Guarnieri comentou: "o resultado foi um chamado a greve geral, só em abril, e sem nenhuma delimitação com a burocracia que também fala em greve geral, mas como uma ameaça parlamentar e não como uma força efetiva, para que o PT com o Lula em 2018 aplique as reformas a sua maneira. O sindicato dos metroviários deveria ter chamado as centrais para uma greve geral já! Perdeu a oportunidade de votar hoje no seminário um indicativo de paralisação, de adiantar as setoriais de base e principalmente, reforço, que o Sindicatos dos Metroviários fizesse, tal como o Sindicato dos Trabalhadores da USP, um chamado às centrais sindicais para que convocassem assembleias nos locais de trabalho, comitês de base para organizar a greve geral.




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