Juan ChiriocaRIO DE JANEIRO
sexta-feira 26 de fevereiro de 2016 | 00:00
André Gerdau. (Foto: Marcelo Min/ Editora Globo)
Na manhã de ontem quinta-feira 25 de fevereiro, a Polícia Federal no marco da Operação Zelotes que já entrou na sua 6ª fase, investigou a empresa siderúrgica Gerdau, suspeita de ter sonegado R$1,5 bilhão em impostos.
A Operação Zelotes iniciada no dia 26 de março de 2015 investiga um dos maiores esquemas de sonegação fiscal do Brasil, como noticiado pelo Esquerda Diário e o nome do Grupo Gerdau surgiu logo na primeira fase da Operação Zelotes.
As suspeitas sobre a siderúrgica é que esta tenha tentado interferir no pagamento de impostos ao CARF (Conselho Administrativo de Recursos Fiscais) que ascendem à soma de R$1,5 bilhão com a contratação de firmas de advogados para alterar os julgamentos no CARF. Foram feitas nesta quinta-feira, 18 mandatos de busca e apreensão no Rio de Janeiro, São Paulo, Porto Alegre, Pernambuco e no DF. O diretor-presidente da empresa, e presidente do comitê executivo André Gerdau teve mandato coercitivo da polícia federal e terá que prestar depoimento. Em nota da Gerdau a empresa negou totalmente qualquer envolvimento em esquemas de sonegação e se coloca a disposição das investigações.
Cabe destacar que o grupo Gerdau é um das maiores empresas siderúrgicas do mundo e desde o primeiro governo Lula tem estreitado fortemente os laços com o governo do PT. O presidente do Conselho Consultivo da empresa, Jorge Gerdau faz parte ainda do Conselhão (Conselho de Desenvolvimento Economico e Social) e a empresa vem crescendo desde então. Produto da investigação da polícia federal as ações da siderúrgica cairam 10% antes do fechamento da bolsa nesta quinta feira.
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