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SÉRGIO MORO | Sérgio Moro cria secretaria para coordenar ações repressivas policiais a nível nacional

Em entrevista realizada, o juiz Sérgio Moro que irá receber no governo Bolsonaro um Superministério da Justiça e da Segurança Pública, anunciou nesta segunda-feira (26) a criação de uma secretaria de operações integradas para coordenar ações policiais em nível nacional. A secretaria vai coordenar a atuação das polícias estaduais e federal. Assim terá um peso maior de sua influência no aparato policial em todo país.

segunda-feira 26 de novembro de 2018 | Edição do dia

Em entrevista realizada para a Folha de S.Paulo, o juiz Sérgio Moro que irá receber no governo Bolsonaro um Superministério da Justiça e da Segurança, anunciou nesta segunda-feira (26) a criação de uma secretaria de operações integradas para coordenar ações policiais em nível nacional. A secretaria vai coordenar a atuação das polícias estaduais e federal.

“Resolvemos, na discussão do organograma - ainda não é uma questão totalmente fechada com todas as áreas do governo -, mas a ideia é que, dentro do Ministério da Justiça e Segurança Pública haja a secretaria de operações policiais integradas”, disse Moro. Ele ainda afirma que “a ideia da secretaria é poder coordenar operações policiais a nível nacional. Hoje muitos grupos e atividades criminosas transcendem as fronteiras estaduais”... “Já é feito de certa maneira dentro do Ministério de Segurança Publica, mas a criação de uma secretaria específica para isso é oportuno”.

Moro diz que a função da secretaria é estratégica, ao colocar que é para combater o crime organizado dentro dos presídios de diversos estados. Mas pelas nomeações dos cargos desta secretaria, vemos que a função estratégica é outra.

Basicamente o órgão será comandado por Rosalvo Franco, ex-superintendente da Polícia Federal no Paraná. Moro também anunciou Fabiano Bordignon como diretor do Depen (Departamento Penitenciário Nacional). Eles trabalharam juntos em Catanduvas (PR). Isso mostra que ao colocar seus amigos e colegas do Paraná na chefia do órgão, serve para aos interesses de Moro de controlar mais de perto o aparato policial.

Com a criação dessa secretaria, Moro terá um peso maior de sua influência nas operações policiais a nível nacional, com isso Moro se compromete também a coordenar o aparato policial e deixar ele ainda mais repressivo contra a juventude negra, que tanto ele e Bolsonaro quer encarecerá-la. Em outra entrevista realizada no início de novembro, Sérgio Moro disse ser a favor da redução da maioridade penal para 16 anos. Segundo o Juiz responsável pela prisão arbitrária de Lula que culminou com a vitória de Bolsonaro, demonstrando todo o caráter manipulado dessas eleições, “um adolescente acima de 16 anos já tem percepção que, por exemplo, não pode matar”.

Segundo Moro, havia uma expectativa de que um agente penitenciário ficasse à frente do Depen, mas, apesar de não chefiar o órgão, a categoria terá "papel fundamental". Ele disse ainda que a pasta vai discutir a necessidade de construir novos presídios e melhorar a parte estrutural dos já existentes. Afirmando ainda mais que Moro tentará garantir uma maior repressão e encarceramento contra a juventude pobre e negra durante o governo Bolsonarista. E com a nomeação de amigos e aliados, mostra que ele irá centralizar mais sua influência e seu autoritarismo dentro do aparato repressivo.

A juventude pobre e negra ao lado dos trabalhadores precisam se organizar para dar um basta nisso. É preciso que as centrais sindicais e as principais entidades estudantis do país saiam da paralisia e coloquem de pé um plano de mobilização concreto para que comecemos a organizar de fato uma enorme paralisação nacional que culmine em greve geral e seja um primeiro passo para mostrar que os trabalhadores e a juventude não permitirá que os ataques como a Reforma da Previdência sejam despejados em nossas costas. Só um programa operário e de perspectiva socialista pode colocar um fim ao problema do encarceramento em massa e da violência policial do país que assola os trabalhadores e principalmente a juventude pobre e negra.




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