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ELEIÇÕES MÉXICO 2016 | Sergio Moissen: ’Fizemos uma grande campanha anticapitalista, que ganhou milhares de votos’

terça-feira 7 de junho de 2016 | Edição do dia

Até agora, de acordo com o PREP, a chapa 5, dos Anticapitalista, alcançou o quinto lugar entre os 21 candidatos independentes e 0,6% da eleição, cerca de 11 mil votos, os quais podem aumentar depois da revisão de votos e impugnações.
A respeito dos votos obtidos até o momento pela chapa 5, Sulem Estrada, candidata suplente, afirmou “isso indica que nossa campanha chegou a um setor de milhares de trabalhadores, mulheres e jovens que estão fartos dos partidos do Pacto para o México e que não se sentem representados com Morena, que por sua vez, marcado por alta abstenção, foi o vencedor da eleição e se consolidou como a principal força política na Cidade do México”.
Sobre isso, Sergio Moissen afirma: “estamos muito felizes com o resultado. Ele é produto de uma enorme campanha militante que centenas de jovens, trabalhadores, professores e mulheres abraçaram como sua própria. Estamos dirigindo o surgimento de uma alternativa à esquerda de Morena na capital do país. O resultado eleitoral que tivemos estará a serviço de seguir lutando por todos os nossos direitos nas ruas e para fortalecer a construção de uma organização de esquerda anticapitalista e independente”.

Um processo antidemocrático e desigual

Como Sulem e Sergio afirmaram ao Esquerda Diário, a configuração da Assembleia Constituinte da Cidade do México foi manipulada desde o início. As candidaturas independentes tiveram que nadar contra a corrente para poder abrir caminho.
Além disso, Moissen disse “Depois da incomum exigência de conseguir 75 mil assinaturas em um mês, os anticapitalistas enfrentamos a mais gritante desvantagem. Com um orçamento muito inferior ao dos partidos a serviço dos empresários, tempo na rádio e televisão ultra restrito em relação aos candidatos da casta política e enfrentando o voto clientelista a favor dos partidos a serviço dos empresários e alguns candidatos independentes”.
Os candidatos também destacaram a grande porcentagem de votos nulos (superior ao ano passado) o qual estaria associado à confusão sobre as cédulas de votação e às contestações orquestradas nas urnas pelos representantes dos partidos patronais contra os independentes, as quais serão motivos para ações dos representantes da chapa 5 nos conselhos distritais.
Sulem concluiu afirmando “estamos aguardando o desenvolvimento do escrutínio. Aproveito para saudar a todos os trabalhadores – como os da educação –, às mulheres, aos jovens e aos integrantes da comunidade da diversidade sexual que votaram em nós nesse 5 de Junho e estão próximos do resultado final. Os convidamos a nos organizar juntos, para continuar lutando por nossos direitos”.

Tradução: Pammela




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