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POLÍTICA | Senado aprova MP após apelo do Governo e Moro perde COAF

A votação se deu ontem, dia 28/05, após carta assinada por Bolsonaro, Guedes e Moro pedindo para que o Senado aprovasse a MP da reforma administrativa com as alterações propostas pela Câmara dos Deputados deixando a COAF (Conselho de Controle de Atividades Financeiras) fora da alçada de Moro e no Ministério da economia de Paulo Guedes.

quarta-feira 29 de maio de 2019 | Edição do dia

Temendo que a Medida Provisória 870 da Reforma Administrativa, que reduz de 29 para 22 ministérios, perdesse a validade no dia 3 de junho Bolsonaro conclama o “pacto dos três poderes da República”, pacto esse que vem sendo articulado em relação a própria reforma da previdência, para que se aprovasse a medida sem maiores complicações.

Tendo que conter os senadores do próprio partido (PSL) que relutaram em votar a retirada do órgão da alçada de Moro sendo pressionados pelas manifestações do último dia 26 que defenderam a manutenção do mesmo na pasta da Justiça e Segurança Pública, o Governo se viu obrigado a contrariar seus próprios aliados a favor de manter um canal de diálogo com o congresso.

Visando as medidas centrais de aprovação, consideradas a reforma da previdência e o pacote “anti-crime” do Moro, o próprio ministro afirmou que mesmo sendo um “pouco desconfortável” esse revés da COAF era melhor garantir que não se perdesse a MP inteira e que é possível reverter a decisão posteriormente. O próprio Bolsonaro não descarta a reversão da decisão através de decreto presidencial.

O que podemos ver é um claro movimento de amenizar as disputas internas dentro do regime golpista para avançar nos ataques centrais contra os trabalhadores e o conjunto da população pobre do país. Apesar dos diferentes projetos há uma convergência estratégica na aprovação da reforma da previdência e de projetos neoliberais para que sejamos nós, com nossas vidas a pagarmos pela crise.

Nesse sentido é fundamental que tomemos em nossas mãos a greve geral convocado para o dia 14 contra a reforma da previdência e contra esse pacto entre Bolsonaro, o Centrão e o STF, para que a partir de assembleias em cada local de trabalho e estudo se elejam delegados para dar poder de decisão aos trabalhadores e estudantes sobre os rumos da luta e para que não fiquemos a mercê da política das direções das centrais sindicais (CUT E CTB) e da UNE que são dirigidas pelo PT e pelo PCdoB – e no caso da UNE pela juventude desses partidos – que buscam negociar com o Centrão a aprovação de uma reforma da previdência “desidratada”.




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