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CORONAVÍRUS NO BRASIL | Sem testes massivos, OMS alerta enorme subnotificação de casos de Covid no Brasil

A OMS declarou que o índice elevado de casos positivos de covid (31%) provavelmente indica uma subestimação do número verdadeiro de casos. A ausência dos testes massivos é uma das grandes causas dos impactos catastróficos na vida dos trabalhadores e dos mais pobres, dado que a falta de uma noção real do desenvolvimento da Covid-19 através dos dados obtidos impede uma locação racional de recursos e uma visão clara da epidemia.

terça-feira 23 de junho de 2020 | Edição do dia

Segundo Ryan, diretor da OMS, a taxa de países que aplicaram massivamente os testes é de 5% e a taxa média dos países é de 17%, metade da porcentagem de resultados positivos nos testes de covid-19 no Brasil (31%).

No meio disso tudo, com o negacionismo de Bolsonaro ou o servilismo dos governadores, irracionalmente estão voltando a abrir as atividades não essenciais, baseados em estatísticas suspeitas e pressionados pelos empresários para manter seus lucros às custas da morte da população.

Para os trabalhadores, para os negros, indígenas, LGBT’s, não faltam apenas os testes, também faltam leitos de UTI’s, respiradores, hospitais de campanha, condições mínimas de saúde e tratamento. Não é a toa que a cada 8 minutos um negro morre no Brasil por conta do Covid, também isso explica o alto índice de mortes e casos entre os indígenas.

Enquanto os governadores e prefeitos anunciam as reaberturas da economia, expondo massivamente os trabalhadores ao risco de contágio, Bolsonaro diminui o auxílio emergencial que, apesar de já insuficiente para sustentar dignamente um família, vinha garantindo o pão com água do brasileiro.

Para os banqueiros, Bolsonaro já injetou mais de 260 bilhões de reais. Para o trabalhador, o destino reservado é a fome e a miséria, quando não a morte. O Brasil hoje já possui mais de 50 mil mortos e mais de um milhão de contaminados, pelo menos nos números oficiais subnotificados. Essa realidade não seria assim se houvesse uma quarentena racional, um auxílio de 2000 reais para todos aqueles que precisem, que é a média salarial do brasileiro, e que todos os trabalhadores que não são de serviços essenciais sejam liberados das suas funções com a garantia de remuneração integral, junto a proibição das demissões.

Não só Bolsonaro e os governadores atuaram pra chegarmos aonde chegamos. O Congresso, o STF também foram pilares fundamentais de retiradas de direitos e precarização extrema da saúde pública e do SUS.

Com a destruição quase total dos direitos trabalhistas iniciado no governo do PT e aprofundado com o golpe institucional, reforma trabalhista, da previdência e agora as MPs de Bolsonaro, o desemprego, o trabalho precário e a fome imperam no país. Estão demitindo milhares e milhares de trabalhadores, quando deveria estar fazendo o contrário: empregando milhões de pessoas para produzir respiradores, construir hospitais e leitos.

Se hoje faltam leitos hospitalares, é resultado da lógica privatista dos governos servis da burguesia. É preciso centralizar todo o sistema de saúde, estatizar os hospitais privados e que o controle seja feito por quem podemos confiar: os trabalhadores e as trabalhadoras, heróis que se arriscam todos os dias na linha de frente salvando milhões de vidas.




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