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JUVENTUDE | Secundaristas em ato mostram que a luta continua

Ontem, 29 de março, os secundas de São Paulo realizaram um ato mostrando sua disposição de continuar mobilizados. Ao som de "Em Goiás tem escola de luta, Rio de janeiro escolas de luta, fica preparado que a luta continua", ficou marcado o sentimento de que é preciso um movimento nacional unificado em defesa da educação pública.

quinta-feira 31 de março de 2016 | Edição do dia

Lutar contra a máfia da merenda com uma saída independente!

Saindo da av. Paulista, entrando na ALESP e terminando novamente na Paulista, os estudantes fecharam várias vias importantes para chamar atenção da população para as suas demandas. A faixa principal do ato trazia as palavras "ESTUDANTES PELA CLASSE" visando demonstrar que a sua luta é a luta pelo direito a educação de toda classe trabalhadora.

Uma das pautas centrais da manifestação era o combate a máfia das merendas. Este ano, dentro de um cenário de crise política no país, veio a tona o escândalo de corrupção onde diversos políticos ligados ao governo Alckmin desviaram verba da merenda escolar do estado. Os estudantes entraram na Assembleia Legislativa para exigir uma CPI que investigasse o caso.

Por uma saída independente contra a máfia das merendas!

Nós da Juventude Às Ruas e do Esquerda Diário gostaríamos de colocar a nossa posição para debater com os companheiros secundas sobre esta importante luta. Achamos que uma CPI organizada a partir destes deputados não pode levar uma investigação consequente da máfia da merenda. Não podemos confiar e nem alimentar a ilusão de que esta via pode responder ao problema, até porque certamente muitos dos deputados que participariam desta CPI devem ter diretamente participado do esquema da merenda e de outros tantos que não sabemos.

Por isso achamos que devem ser os próprios estudantes, organizados conjuntamente com os trabalhadores da educação, pais e comunidade escolar, que investiguem e punam os corruptos de forma independente através de um comitê construído pela base com essa finalidade. Este comitê deve surgir a partir dos comandos de luta dos estudantes, dos sindicatos e associações de bairro, etc. Só uma forte mobilização unificada é capaz de construir um organismo como este!

Precisamos chegar na raiz do problema. Vemos que hoje quem controla e decide como funciona a merenda é o Estado e as empresas terceirizadas. Isto é o que permite que tenha corrupção e superexploração do trabalho. A terceirização é uma realidade brutal, são os trabalhos mais precários e mal remunerados onde a maioria são mulheres, negros e LGBT. É parte da opressão estrutural de nossa sociedade que se expressa em um tipo de escravidão moderna.É preciso lutar pela efetivação de todos trabalhadores terceirizados sem necessidade de concurso, por condições dignas de trabalho.

Quem deve decidir e controlar como funciona a merenda (assim como a escola toda!) são os estudantes junto aos trabalhadores da educação e população. Só assim que vamos acabar de vez com a corrupção e ter a educação que queremos.




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