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RIO GRANDE DO SUL | Sartori parcela 13º e servidores terão que fazer empréstimo para receber

quarta-feira 12 de dezembro de 2018 | Edição do dia

Pelo terceiro ano consecutivo, o governo do estado aprova o parcelamento do 13° salário dos servidores. Os servidores endividados devido à política de parcelamentos dessa vez poderão acessar o 13° integralmente por empréstimo no Banrisul. O parcelamento foi aprovado por unanimidade na ALERGS, com todos os deputados da base do governo e com votos até mesmo do PT e PSOL.

No último ano de mandato de Sartori, o governo continua com a política de descarregar a crise nas costas dos trabalhadores. Com quase 40 meses de parcelamento e já tendo por duas vezes parcelado o 13° salário, os últimos anos tem sido de dificuldades financeiras e endividamento para os servidores do estado, que para sanar seu aperto de contas recorrem a muitos empréstimos no Banrisul contraindo dívidas, sendo assim sistematicamente espoliados pelo governo Sartori.

A novidade esse ano é uma emenda, proposta por Pedro Ruas do PSOL, que garante ao menos que mesmo os servidores que já estão negativados possam receber via empréstimo, um alívio para muitos servidores.

Esse novo parcelamento reafirma o compromisso do governo com os magnatas que seguem com bilhões em isenções e sonegações que o governo deixa intocados, em detrimento dos trabalhadores que são vítimas da política de parcelamentos, endividamento e precarização de Sartori, sendo obrigados a pagar por uma crise que não criaram.

A crise não acaba com Sartori, ela segue com Eduardo Leite e os professores e demais trabalhadores devem se preparar para grandes embates, como a luta contra a privatização do Banrisul e demais estatais. É apenas com a mobilização dos trabalhadores, aliado com a juventude e o povo pobre gaúcho, que poderemos fazer com que os grandes empresários paguem pela crise. O PT e o PCdoB, que dirigem boa parte dos sindicatos do estado, vem atuando como freios das lutas dos trabalhadores, como vimos em todo o ano de 2018 onde não se viu nada sendo organizado apesar dos sucessivos parcelamentos. Trata-se de apostar em uma estratégia de manobras parlamentares e "resistência" institucional, na qual o PSOL segue junto. O PT e PCdoB chegaram a chamar voto de maneira tímida ao candidato do PSDB no segundo turno. É preciso superar essa estratégia institucional e construir um polo de luta dos trabalhadores que faça com que sejam os capitalistas que paguem pela crise e não os trabalhadores, esteja com Sartori ou Leite no governo.

A mobilização dos “coletes amarelos” na França, aliados com muitas categorias de trabalhadores e o movimento estudantil, que fez o neoliberal Macron recuar em seus ataques e ceder ao aumento do salário mínimo, é um marco internacional para a luta contra os ataques. Mostram que é possível impedir que descarreguem a crise em nossas costas, e mostram o caminho que os trabalhadores no Rio Grande do Sul e no Brasil têm de seguir para frustrar os planos de ajustes que Leite e Bolsonaro prometem implementar.




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