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TRANSPORTE PRECÁRIO | Sancetur de Indaiatuba ameaça demitir 72 cobradores

Na manhã de sexta-feira (23), trabalhadores do transporte de Indaiatuba foram para a praça Dom Pedro II para se manifestar contra a mudança das empresas de ônibus na cidade que ameaça o trabalho dos cobradores.

Nicoli Barbosajovem trabalhadora

domingo 25 de fevereiro de 2018 | Edição do dia

Com a entrada da nova empresa responsável pelo transporte da cidade, a Sancetur - SOU (Sistema de Ônibus Urbano) de Indaiatuba começou a operar desde o dia 10 de Fevereiro, depois da derrubada da liminar que assegurava a antiga companhia Rápido Sumaré atuando.

Os funcionários da antiga corporação estão se manifestando desde o mês anterior e mais uma vez foram para a rua protestar contra a empresa, esta que trouxe com ela uma frota de ônibus sem espaço para cobradores. Motivo pelo qual revoltou os funcionários que correm risco de perder seu emprego.

Os motoristas já possuem pouco tempo de descanso entre uma viagem e outra, sendo no máximo 10 minutos para ir ao banheiro e beber água. Com a retirada dos cobradores, o prazo para cumprir as rotas de cada linha ultrapassa o horário, gerando vários transtornos tanto aos funcionários quanto aos usuários.

O serviço feito pelos condutores já é desgastante. Sofrem com a carga horária excessiva, dores musculares e estresse no trânsito. Exigir uma dupla função coloca em perigo tanto a vida dele como a dos passageiros presente. Como em Campinas-SP, onde no ano passado foram dezenas de pessoas mortas arrastadas nas portas, atropelada diante extenuantes jornadas dos motoristas e esmagadas em pontos de ônibus de concreto que caíram sobre passageiros. O ato de dirigir requer concentração e coordenação motora, o que é retirado com a pressão que é dar o troco e supervisionar a entrada e saída pelas portas, por isso a necessidade dos cobradores.

Devemos lutar contra essas possíveis 72 demissões de servidores e tirar das mãos dos empresários o transporte coletivo, onde lucram absurdamente com o dinheiro público, tendo como solução a estatização, passando para o controle dos trabalhadores e usuários. Sendo estes os que podem atender as necessidades reais e assegurar o acesso de todos que precisam de um meio de transporte para se locomover pela cidade.




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