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INQUÉRITO DAS FAKE NEWS | STF quebra sigilo bancário de parlamentares bolsonaristas

Em mais um capítulo da disputa entre os poderes, STF investiga se recursos e estrutura dos atos golpistas promovidos por Bolsonaro derivam de parlamentares

terça-feira 16 de junho de 2020 | Edição do dia

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes determinou hoje (16) a quebra do sigilo dos dados bancários de parlamentares bolsonaristas. A medida é parte do movimento do STF em responder através da coerção judicial aos apelos que a base de extrema-direita dirigem contra a instituição nas ruas, que, aliás, tem atos cada vez menores em apoio a Bolsonaro.

As informações coletadas poderão ser utilizadas no inquérito das fake news que Alexandre de Moraes também conduz, e que expediu no final de maio 29 mandados de busca e apreensão, e que acabou resultando nas prisões preventivas de ontem de Sara Winter e outros 5 ativistas do seu grupo racista e fascista “300 pelo Brasil”.

Saiba mais: STF manda prender Sara Winter e seu grupelho, é possível derrotar o fascismo com a mão do Estado?

São dez deputados federais e um senador investigados: Daniel Silveira (PSL-RJ), Junio Amaral (PSL-MG), Otoni de Paula (PSC-RJ), Caroline de Toni (PSL-SC), Carla Zambelli (PSL-SP), Alê Silva (PSL-MG), Bia Kicis (PSL-DF), General Girão (PSL-RN), Guiga Peixoto (PSL-SP) e Aline Sleutjes (PSL-PR). O senador é Arolde de Oliveira (PSD-RJ).

Além destes, a Polícia Federal de Santa Catarina, São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Maranhão também cumpriu 21 mandatos de busca e apreensão em endereços residenciais e comerciais de aliados de Bolsonaro. Alguns deles são: Luiz Felipe Belmonte e Sérgio Lima, dirigentes do Aliança pelo Brasil (partido que Bolsonaro tenta fundar); internautas conhecidos de direita, como Émerson Teixeira, Fernando Lisboa, “Ravox”, e Allan dos Santos; e o deputado federal Daniel Silveira (PSL-RJ).

A quebra de sigilo dos dados visa investigar se parlamentares financiaram as manifestações que pedem o fechamento do Congresso Nacional e do STF. Essa decisão se insere no inquérito que investiga os atos golpistas que acontecem desde antes do início da pandemia, mas que frente às inúmeras crises políticas que se aprofundaram nesse último período passaram a justificar um real cabo de guerra na disputa entre as diferentes frações dos poderes de Brasília. Uma disputa em que cada Poder não teme em se apoiar no que possui de mais arbitrário e autoritário, como esse processo das Fake News, ou os flertes e ameaças golpistas dos militares citando o artigo 142. Nós do Esquerda Diário não confiamos nem no porrete bolsonarista nem no martelo do STF. Para realmente derrotar essa extrema direita é preciso confiar nas forças independentes da classe trabalhadora, juventude, negros, mulheres e LGBT’s.

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