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STF aceita denúncia contra Onyx e Moro corre em sua defesa: "Tem minha confiança pessoal"

Principal articulador político de Bolsonaro será investigado pelo crime de caixa 2 e Moro, mais uma vez, escancara sua parcialidade.

quarta-feira 5 de dezembro de 2018 | Edição do dia

O Ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal, autorizou nesta segunda feira, 3, a instauração de uma petição autônoma para apurar suspeitas de repasses ilícitos por parte da JBS para o futuro Ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni (DEM-RS) nas eleições de 2012 e 2014.

O pedido de investigação veio da Procuradoria Geral da República (PGR) baseando-se no acordo de delação premiada feito por seis ex-executivos da JBS, incluindo os irmãos Joesley e Wesley Batista.

As planilhas incluídas na delação da JBS indicam que Lorenzoni recebeu duas doações de R$100 mil, em 2012 e 2014, ambas via caixa 2. O próprio Onyx Lorenzoni, em um caso raro de cinismo, admitiu em entrevista à Rádio Gaúcha, em maio do ano passado, que, de fato, recebeu a doação ilegal em 2014.

Entretanto, nada disso impactou Sérgio Moro, o suposto paladino da luta contra a corrupção. O futuro Ministro da Justiça de Bolsonaro não perdeu tempo e partiu em defesa do seu colega de futuro governo em entrevista coletiva concedida nesta terça-feira, 4.

Ignorando evidências muito mais robustas do que existiam nos casos que julgou, Moro afirmou que “É uma questão de Onyx. O que vejo é um grande esforço [do ministro Onyx] para a aprovação das 10 medidas do Ministério Público, razão pela qual foi abandonado por grande parte de seus pares. Ele tem minha confiança pessoal.”

A fala do político-juíz escancara mais uma vez que a luta contra a corrupção não passou de um discurso vazio, útil somente na medida em que permitiu ao autoritarismo judiciário prender e perseguir arbitrariamente e pavimentar o caminho para a eleição de Bolsonaro.




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