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STF abre inquérito contra Pazuello por crise sanitária em Manaus

O pedido foi encaminhado nesta segunda-feira, 25, pela Procuradoria Geral da República a Lewandowski, que determinou 60 dias para a iniciação das investigações da PGR.

terça-feira 26 de janeiro de 2021 | Edição do dia

Foto: Pablo Jacob/Agência O Globo

Nesta segunda-feira, 25, o ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou a abertura de um inquérito para apurar a atuação do ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, no colapso da rede pública de hospitais em Manaus, com a superlotação de leitos e a falta de oxigênio.

O ministro, agora formalmente investigado, prestará depoimento na Polícia Federal, ainda sem data marcada. O pedido de inquérito enviado ao STF pelo procurador-geral da República, Augusto Aras, se baseou em uma representação do partido Cidadania e em informações do próprio ministro Pazuello.

O próprio governo já admitiu ao STF que a pasta sabia desde 8 de janeiro que havia escassez de oxigênio para os pacientes em Manaus, uma semana antes do colapso, no entanto, iniciou a entrega de oxigênio apenas em 12 de janeiro, segundo as informações prestadas. Além de receber informações de colapso na saúde em dezembro, mas só enviou representantes ao estado em janeiro deste ano.

Pazuello mostra a cara da incompetência dos militares que sustentam o governo Bolsonaro, que é responsável pela situação de colapso na saúde de Manaus, fruto de seu negacionismo, que desde o começo da pandemia nada fez para garantir testes massivos, leitos ou respiradores para a população.

Enquanto isso, Bolsonaro avançou com os ataques a classe trabalhadora com a retirada de direitos trabalhistas elementares para favorecer o maior lucro dos empresários, tudo isso com supervisão e consentimento de outras alas do regime político, como é o STF, que busca desgastar o governo Bolsonaro e canalizar pra si o enorme descontentamento que foi gerado pela crise de Manaus.

Não podemos confiar em nenhuma ala desse regime podre do golpe institucional, STF, Congresso e os governadores se colocam em oposição a Bolsonaro, mas todos tem consenso em descarregar a crise nas costas dos trabalhadores e do povo pobre. Só a classe trabalhadores confiando na suas próprias forças pode dar uma saída para essa situação, priorizando as vidas e impondo que sejam os capitalistas que paguem pela crise.

Com informações da Agência Estado




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