No dia 16 de maio, segunda-feira, um dos assessores do deputado General Girão (PL) e estudante de Jornalismo da UFRN quis arrancar uma faixa da juventude Faísca Revolucionária na UFRN, ameaçando agredir um estudante, coordenador do CACS e militante da Faísca, que tentava recuperar a faixa junto a outros estudantes. O Sindicato dos Servidores Públicos da Administração Indireta (SINAI) do Rio Grande do Norte, expressou solidariedade aos estudantes e seu repúdio ao ataque.
quarta-feira 25 de maio de 2022 | Edição do dia
_O Sindicato dos Servidores Públicos da Administração Indireta do Rio Grande do Norte (SINAI-RN) repudia veementemente as agressões de Rodrigo Maker contra estudantes da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN).
Assessor parlamentar do deputado federal bolsonarista General Girão e estudante do 7º período de jornalismo da UFRN, Rodrigo arrancou a faixa “Que as classes dominantes tremam à ideia de uma revolução comunista”, assinada pelo grupo estudantil Juventude Faísca Revolucionária. O caso aconteceu em 17 de maio, no setor 2 da Universidade.
Segundo informações, o assessor do deputado bolsonarista ainda ameaçou um estudante que cursa ciências sociais na UFRN. A situação repercutiu nas redes sociais, rendendo ao menos duas matérias no site Agência Saiba Mais.
Nos chama atenção a contradição entre o discurso e a prática de Rodrigo Maker. Intransigente defensor do presidente Bolsonaro, ele fez uso da política de cotas para ingressar na universidade. Ora, se defende a política bolsonarista, contrária a qualquer luta social, inclusive a dos negros, por que fez uso de cotas?
O SINAI-RN, assim como todas as entidades que defendem a liberdade de expressão, espera que Rodrigo Maker seja punido criminalmente, e que sua punição sirva de exemplo para os que propagam discursos de ódio._
Confira o repúdio também no site do SINAI, aqui
Nós do Esquerda Diário e da juventude Faísca Revolucionária UFRN, que estivemos lado a lado dos trabalhadores na greve do Detran em 2021, acreditamos que é fundamental fortalecer a perspectiva da unidade entre trabalhadores e estudantes contra esse ataque e todo e qualquer ataque do bolsonarismo, de Bolsonaro, militares, Congresso e STF. Ainda mais quando os militares soltam um programa que contém o absurdo pagamento de mensalidades nas universidades públicas.
Chamamos os parlamentares Divaneide Basílio (PT), Natalia Bonavides (PT), Jean Paul-Prates (PT) e Pedro Gorki (PCdoB) a também colocarem suas bancadas, e demais centrais sindicais, como a CUT e a CTB, dirigidas pelo PT, assim como demais sindicatos, a repudiar o ataque bolsonarista. Convidamos a saudar a paralisação das aulas das Ciências Sociais amanhã, quinta (26), votada pelos estudantes em assembleia.
Assim como exigimos que a Direção do Centro de Ciências Humanas, Letras e Artes (CCHLA), se posicione.
Que a União Nacional dos Estudantes (UNE) rompa com sua inércia e organize a luta dos estudantes, convocando uma paralisação nacional contra o pagamento de mensalidade nas universidades públicas, Bolsonaro e militares.
É urgente fortalecer a auto-organização dos estudantes aliados aos trabalhadores contra os ataques, em combate a Bolsonaro, militares, Congresso e Judiciário, que está avançando na privatização da Eletrobras. Na perspectiva de não sucumbir à conciliação de classes de Lula e o PT, que hoje de alia com Alckmin e as oligarquias no RN.
