×

SAMPAPREV | SAMPAPREV: Professores e servidores terão voz na assembleia do dia 5?

Nesta quarta-feira, 5/12, haverá uma importante assembleia de professores e do funcionalismo contra o SAMPAPREV, e a pergunta que não quer calar é: os maiores interessados, ou seja, professores e servidores do município de São Paulo terão direito a se expressar?

segunda-feira 3 de dezembro de 2018 | Edição do dia

Quem conhece os métodos de Cláudio Fonseca, presidente do SINPEEM, e também vereador do PPS já sabe: nas reuniões da categoria, como, por exemplo, as de representantes escolares e de conselheiros, que são espaços do sindicato, as oposições costumam ter pouco tempo para suas intervenções, isso quando o tem, enquanto o presidente tem à sua disposição quanto tempo lhe baste para colocar em prática suas manobras contra a classe e a serviço do governo, do qual, como vereador, é base.

Em março deste ano, os professores, ao lado de outros servidores do município, derrotaram parcialmente o SAMPAPREV - a Reforma da Previdência à nível municipal e João Dória (PSDB), dando um exemplo de força e luta aos trabalhadores do país inteiro e mostrando o caminho para enfrentar a Reforma da Previdência à nível nacional. Conseguindo, com a força da mobilização, arrancar o adiamento em 120 dias da votação desse projeto. Ocorre, agora, que o governo do prefeito Bruno Covas (PSDB) em conluio com Milton Leite, presidente da Câmara (DEM), traíram o acordo com os trabalhadores ao criar, na última quarta-feira, uma Comissão de Estudos desse projeto de forma totalmente arbitrária e com prazo não mais de 120 dias, mas de 30 dias, tudo para tentar aprovar, ainda este ano, esse ataque aos direitos dos servidores.

Dos 10 vereadores que compõem a comissão, 8 já se declaram favoráveis ao projeto. Por trás de tudo isso, esconde-se, ainda, um jogo político bastante duvidoso: um dos maiores apoiadores do SAMPAPREV é Fernando Holiday (DEM), que oficializou na última semana sua candidatura à presidência da Câmara de Vereadores de São Paulo; ao seu lado, está vereadora Janaína, do Partido NOVO, bastante ligada aos bancos, principalmente ao Itaú, que está de olho nos lucros que pode obter com a aposentadoria, ou o fim dela, dos servidores, já que o projeto lhes entrega de bandeja a administração da previdência de professores e trabalhadores do município.

A categoria, por sua vez, que no início do ano entoou, mesmo embaixo de chuva e inclusive sofrendo repressão policial, a palavra de ordem “não tem arrego”, tem demonstrado disposição de luta e vem obrigando os sindicatos a se moverem. Dois atos já ocorreram: um primeiro, chamado pelo SINDSEP, e um segundo, pelo Fórum das Entidades Sindicais, do qual, aliás, o sindicato dos professores se manteve alheio. Esse é o jogo de Claudio Fonseca: mais interessado em promover o divisionismo da categoria com relação ao restante do funcionalismo, sua real intenção é colocar os interesses de seu partido, o PPS, contra os interesses da CUT e do PT e, o mais importante e escandaloso, à frente dos interesses dos trabalhadores. É esse o papel que vem cumprindo o SINPEEM e a burocracia sindical de um modo geral: enquanto nos dividem, não levam nenhum luta até o final e abrem caminho para atacarem nossos direitos.

Por essa razão, não podemos aceitar passivamente que essa Comissão fraudulenta, composta por inimigos declarados dos professores e trabalhadores, continue se reunindo e avançando com o SAMPAPREV. É fundamental que nesta quarta-feira, dia 5/12 construamos uma paralisação e assembleia unificada de todo funcionalismo capaz de parar São Paulo e organizar um Comando de Mobilização unificado e deliberativo, com força, ainda, para barrar o Escola sem Partido e derrotar, de uma vez por todas, o SAMPAPREV, um projeto que, a exemplo da Reforma da Previdência de Paulo Guedes e sua corja, quer fazer com que os trabalhadores do país trabalhem até morrer.

Essa seria, sem dúvida, a maior lição que os professores e servidores poderiam dar nesse momento não só aos trabalhadores de São Paulo, mas aos trabalhadores e jovens do Brasil inteiro: mostrar, como feito em março, que, com a nossa força, definindo os rumos da luta, e sem depositar nenhuma confiança nas direções, é possível atropelar a burocracia sindical, tirando as entidades da paralisia, e levando adiante uma luta em que os professores possam, de fato, ter voz para decidir, eles mesmos, os caminhos de sua luta.




Comentários

Deixar Comentário


Destacados del día

Últimas noticias