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PRESIDÊNCIA DA CAMARA | Rodrigo Maia ainda não anunciou quem vai receber sua benção para sucessor na Câmara, mais cotados são do PP

Após julgamento do STF (Supremo Tribunal Eleitoral), que deliberou contra a possibilidade de reeleição de Rodrigo Maia (DEM), ele se encontra agora em uma semana decisiva para emplacar seu sucessor na Câmara.

segunda-feira 14 de dezembro de 2020 | Edição do dia

Foto: Najara Araújo/Câmara dos Deputado

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Rodrigo Maia entra em uma semana decisiva para apontar quem vai receber seu apoio à presidência da Câmara, o deputado que no dia 6 de dezembro por julgamento do STF, foi impedido de tentar sua reeleição, procura um sucessor para o seu cargo. A demora do atual presidente da Câmara já vem gerando desconforto entre aliados e pré-candidatos que vinham sendo apontados como opção para enfrentar o candidato do governo, apoiado pelo presidente Bolsonaro, Arthur Lira (PP-AL).

Como apontado em matéria da Folha de São Paulo, seis nomes circulavam como candidatos que poderiam receber a benção de Maia e ser oposição a Lira, nos últimos meses. Desses, dois sempre foram os favoritos do atual presidente da Câmara: o deputado Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), relator da reforma tributária, e o presidente do MDB, Baleia Rossi.

Quem está aproveitando da demora de Rodrigo Maia para definir quem vai receber sua benção é o candidato Arthur Lira, que aproveitou o revés sofrido pelo presidente da Câmara para oficializar sua candidatura, no dia 9, com apoio do presidente Bolsonaro. O candidato conta com apoios como de PL, PSD, Solidariedade, Avante, PSC, PTB, PROS e Patriotas. Esse bloco soma cerca de 170 deputados.

Bolsonaro continua na árdua tarefa de emplacar um presidente da Câmara que seja menos desalinhado com o Planalto. Agora apostando suas fichas no candidato que o líder “centrão” na Câmara, bancada qual o presidente da república é cada vez mais dependente desde a derrota de Trump a presidência dos Estados Unidos da América.

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Pressionado por bloco de partidos aliados (PSL, MDB, PSDB, DEM, PV e Cidadania), Maia promete anunciar ainda nessa segunda feira, 14 de dezembro, quem irá receber sua benção para presidência da Câmara. Está previsto para essa tarde uma reunião de partidos para bater o martelo sobre o nome.

Base aliada de Maia receia que a demora possa fortalecer o candidato Arthur Lira, mas alguns avaliam que demora pode fortalecer a candidatura do escolhido, em vez de prejudicar, já que com um nome pactuado entre os partidos não haveria risco tão grande de cisão no bloco de apoio.

Esse pequeno empasse, pouco muda o pacto que une todo o golpismo institucional entre si e eles com o bolsonarismo como avalistas e articuladores de cada golpe contra os direitos dos trabalhadores, mas aponta que mesmo em meio a esse pacto há disputas por poder também.

Nesse momento a única certeza é que o fortalecimento do famigerado “centrão” se mantém crescente. Os articuladores do golpe institucional mantém sua base cada vez mais forte nos golpes contra a classe trabalhadora.

Leia também: Quais interesses motivaram o STF a frear Maia e Alcolumbre de conquistarem mais poder?

No Senado, o atual presidente Davi Alcolumbre (DEM-AP), também foi barrado de disputar a reeleição, tenta emplacar o senador Rodrigo Pacheco (DEM-MG) no comendo da Casa. Alcolumbre que ficou menos em foco no debate, por se alinhar mais a acordos com o bolsonarismo, esteve presente no icônico abraço de Toffoli e Bolsonaro, selando o pacto entre eles. E segundo o presidente, Bolsonaro teria concordado em apoiar o nome indicado por Alcolumbre para sucedê-lo.

Matéria realizada com informação da Folha de S.Paulo




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