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PORTO ALEGRE | Rodoviários protestam em Porto Alegre contra extinção de cobradores

segunda-feira 9 de dezembro de 2019 | Edição do dia

Rodoviários saíram às ruas nessa segunda-feira para protestar contra o projeto de lei que extingue a obrigatoriedade de cobradores nos ônibus da capital portoalegrense. O projeto do prefeito Marchezan, na prática, pode levar à demissão de mais de 3 mil cobradores. Num momento de alto desemprego na capital e no país, o projeto de lei se torna ainda mais cruel.

Estava previsto para ser votado nessa segunda-feira, mas transferiram a votação para quarta-feira, com regime de urgência, o que faz com que se tranquem as pautas na câmara dos vereadores. Mesmo assim, alguns rodoviários saíram às ruas em Porto Alegre na manhã de hoje (9) para protestar contra o bárbaro projeto que vai colocar na rua milhares de trabalhadores e trabalhadoras.

O protesto afetou o trânsito, permitindo que a denúncia do projeto pudesse ganhar visibilidade. A página PoA 24 Horas fez uma enquete para saber se a população achava importante manter o cargo de cobrador e logo mais de 90% das pessoas votaram a favor da importância do cobrador, mostrando como há valorização desses trabalhadores entre a maioria da população.

A extinção de cobradores não apenas vai jogar milhares de trabalhadores nas ruas, como vai precarizar ainda mais o já sucateado transporte público na capital. O cobrador cumpre um papel essencial no transporte e a sua saída coloca em risco o motorista, que terá que cobrar e dirigir ao mesmo tempo, bem como o conjunto dos usuários. Trata-se de uma medida absurda que serve tão somente aos lucros dos empresários do transporte.

Na quarta-feira está marcado um ato em frente à câmara dos vereadores, às 13h, para protestar contra a medida de Marchezan. O prefeito no Jornal do Almoço deu uma declaração absurda dizendo que as manifestações contra a extinção dos cobradores é criminosa. Criminoso é o projeto de lei que ataca o emprego de milhares e o transporte público como um todo. Logo depois o prefeito afirmou que havia feito acordo com o presidente do sindicato para enviar o projeto após a eleição do sindicato, e que o mesmo iria impedir com que as manifestações ocorressem – denúncia que não podemos descartar a veracidade tendo em vista o papel traidor que a direção do sindicato já cumpriu inúmeras vezes, rifando os direitos da categoria e atuando ao lado da patronal.

É preciso apoiar a luta dos rodoviários contra esse projeto que visa somente o lucro dos empresários, buscando unir a luta em defesa do emprego e do transporte público à luta dos professores em greve a fim de golpear Marchezan e Leite com um só punho. Afinal, os ataques visam destruir serviços públicos essenciais em nome do lucro.




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