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RODOVIÁRIOS DO RIO DE JANEIRO | Rodoviários no Rio de Janeiro fazem nova greve exigindo o pagamento do 13º salário

Os motoristas da Transportes Campo Grande, do consórcio Santos Cruz, paralisaram suas atividades nesta quarta-feira no Rio de Janeiro devido à proposta de parcelamento do pagamento do 13º em oito vezes. Esta é a sétima vez em 20 dias que trabalhadores de diferentes empresas de transportes entram em greve para defender seus direitos.

quinta-feira 17 de dezembro de 2020 | Edição do dia

Foto: Reprodução/TV Globo

Na madrugada desta quarta-feira (16), motoristas da Transportes Campo Grande entraram em greve. A empresa propôs o parcelamento do 13º salário em 8 vezes, com a desculpa de que não há dinheiro em caixa para pagar o direito dos trabalhadores. A atitude da empresa provocou a indignação dos motoristas, visto que o prazo final do pagamento seria no dia 20 de dezembro, o que provavelmente não ocorrerá.

A Transportes Campo Grande fica em Senador Camará, na Zona Oeste do Rio, e opera linhas que ligam a Zona Oeste ao Centro do Rio, como 397 (Campo Grande-Candelária), 393 (Bangu-Candelária), 369 (Bangu-Candelária) e 388 (Santa Cruz-Candelária), linhas importantes para a mobilidade de milhares de trabalhadores da capital do estado.

Segundo o Sindicato dos Rodoviários, mesmo com todos os esforços e negociações, a empresa não cumpre nenhum acordo que é firmado.

“Essa posição demonstra apenas o total descaso da empresa com os profissionais da categoria. Creio que o único caminho será a Justiça através do Tribunal Regional do Trabalho”, disse o vice-presidente do órgão José Carlos Sacramento

Essa é a sétima empresa da cidade que tem suas atividades paralisadas devido a greve de rodoviários que não receberam seu direito ao 13º. No início do mês, as empresas do BRT e a Aviação Pavuense não garantiram salários, fizeram demissões e começaram a linha de parcelamentos do 13º dos trabalhadores. A partir dai os trabalhadores fizeram organizaram paralisações e greves pela base, conseguiram fazer com que o sindicato de movesse e essas empresas começassem a negociar o fim do parcelamento ou a redução das parcelas. Isso gerou confiança em trabalhadores de diversas outras empresas para também paralisar gerando essa verdadeira onda de greves na categoria.

Leia mais sobre aqui:Com paralisação, rodoviários do BRT Rio forçaram empresa à pagar o 13º

Todas esses ataques das empresas de transportes devem ser confrontados com a organização e mobilização da categoria e de toda a classe trabalhadora para que defender a garantia de todos os seus direitos negados. Confiar no caminho da Justiça através do Tribunal Regional do Trabalho, como disse o vice-presidente do sindicato não é suficiente e é somente uma ilusão. Os rodoviários do RJ estão mostrando, com essa verdadeira onda de greves e paralisações que estão com a cabeça erguida, dispostos a enfrentar os ataques e esse verdadeiro desrespeito que fazem os donos das empresas e a prefeitura do Rio de Janeiro a contra cada trabalhador e suas famílias. Querem que os rodoviários passem o Natal e Ano Novo endividados, sem nada na mesa. Cabe agora ao Sindicato dos Rodoviários enxergar isso e colocar toda sua força, unificando as paralisações de cada empresa, agindo no sentido de organizar toda a força da classe trabalhadora para exigir o pagamento dos direitos de forma integral, sem parcelamentos, além de exigir que as empresas parem de demitir os rodoviários. As empresas de transporte do Rio de Janeiro estão se aproveitando da pandemia para ganhar ainda mais dinheiro, oferecendo um transporte cada vez mais precário, deixando a população em ônibus lotados em meio a pandemia e ainda estão fazendo uma verdadeira chantagem com os direitos dos Rodoviários pois lucram milhões e recebem diversos subsídios da prefeitura e do estado.




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