A categoria reivindica 14,26% de reajuste salarial, 25% do aumento no ticket refeição e a não demissão de cobradores e fiscais. No entanto, a patronal ofereceu apenas 4% de reajuste salarial e 11% no ticket refeição. A greve teve início nessa segunda-feira, 3.
segunda-feira 3 de julho de 2017 | Edição do dia
Foto: Reprodução TV Globo
Fonte: Site da CSP-Conlutas
Nesta segunda-feira (3), os rodoviários de Recife (PE) entraram em greve por tempo indeterminado.
A categoria reivindica 14,26% de reajuste salarial, 25% do aumento no ticket refeição e a não demissão de cobradores e fiscais. No entanto, a patronal ofereceu apenas 4% de reajuste salarial e 11% no ticket refeição.
Já ocorreram cinco mesas de negociações, sendo que a última reunião com a patronal foi realizada na quarta-feira (28), sem avanço algum para as pautas apresentadas pela categoria.
Segundo o dirigente da CSP-Conlutas, Hélio Cabral, a greve é forte. “A vontade dos trabalhadores era parar tudo, e mesmo com acordo feito para que 30% frota continue funcionando, as empresas de transporte que apresentaram reajustes rebaixados estão sentindo o impacto com a grande adesão da categoria. Essa paralisação acontece três dias após a Greve Geral convocada pelas centrais e reforça a vontade dos trabalhadores em continuar em luta”, salientou.
A patronal já acionou a Justiça do Trabalho que deverá julgar a greve até quarta-feira (6).
Oposição ao Sindicato
A CSP-Conlutas faz oposição ao Sindicato, que é filiado à Força Sindical, e tem prestado todo apoio necessário ao movimento grevista.
A Oposição denuncia que a direção majoritária do Sindicato tem conduzido as negociações sem mobilizar a categoria, tem rebaixado as pautas sem submeter às assembleias, não incorporou na pauta a ser negociada, bem como a não demissão e extinção das funções dos cobradores e fiscais, que é uma das principais reivindicações da categoria.
Em nota, a Oposição Rodoviária da CSP-Conlutas ressalta a importância da unidade dos rodoviários, contra as tentativas da patronal de intimidar a greve e ameaçar dos trabalhadores.
“Enquanto isso acontece o governador Paulo Câmara (PSB) cruza os braços e só se preocupa com o lucro dos empresários através da legitimação do aumento das passagens e subsídios financeiros repassados às 13 empresas que compõem o consórcio Grande Recife”, denuncia.
Confira a íntegra da nota:
Recife (PE) | Tod@s à greve dos rodoviários para derrotar o acordo rebaixado da patronal!
Depois de uma assembleia, que aprovou greve na sede do sindicato, na última quinta feira, os trabalhadores estão se preparando para parar a cidade por um reajuste salarial, contra as demissões e por segurança.
É importante nesse momento a unidade dos rodoviários, pois o ataque da patronal será muito forte. Já começaram as tentativas de intimidar e ameaçar, mas essa categoria que tomou a dianteira na Greve Geral no dia 28 de abril e fez uma grande paralisação na Greve Geral do dia 30 de junho sabe da sua força.
Essa greve não é só para reivindicar o reajuste salarial, mas também pela defesa dos empregos dos cobradores e fiscais que correm o risco de serem extintos. Se não lutar agora podemos ver muitos pais e mães de famílias desempregados. Além disso, a insegurança no transporte público é gigante! São assaltos diários que ameaçam a vida de muitos trabalhadores que tem medo de sair pra trabalhar.
Enquanto isso acontece o governador Paulo Câmara (PSB) cruza os braços e só se preocupa com o lucro dos empresários através da legitimação do aumento das passagens e subsídios financeiros repassados as 13 empresas que compõem o consórcio Grande Recife.
Agora é greve! Vamos à luta por nossos direitos!
(Nota da Oposição Rodoviária CSP-Conlutas)
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