Doze estudantes do CAIC Tiradentes Gamboa fizeram nesta segunda uma roda de conversa para debater a greve da educação sob o olhar dos estudantes.
quinta-feira 31 de março de 2016 | Edição do dia
O colégio, que fica na providência, já foi transferido mais de uma vez de local. Antes ficava no Caju, passou por Santa Teresa até chegar neste terreno, aonde havia um posto de saúde que foi transferido e também uma creche pública, que foi fechada e substituída por uma cooperativa.
Há 3 anos, o CAIC Tiradentes divide um mesmo prédio com outro colégio, fato que por si só mostra a falta de investimento na educação básica pelo estado.
Laboratórios que não são usados, salas sem ar-condicionado, falta de servidores e quedas de luz que atrapalham as aulas do noturno foram pauta dos estudantes. Por isso, a maioria dos professores do CAIC aderiu à greve da educação.
Além disso, os estudantes também discutiram como era uma prioridade para o governo investir nas olimpíadas enquanto e dar dinheiro a empresas com a Light e a SuperVia, enquanto a educação sofreu um grande corte no orçamento deste ano. Por isso, o caminho apontado pelos estudantes só poderia ser a sua própria organização para lutar também por suas próprias reivindicações, fosse com os atos de rua, com as ocupações, e conscientizando os país e parentes em dar apoio.
Durante a roda de conversa os estudantes tiveram a notícia que outro colégio havia sido ocupado, o C.E. Gomes Freire. Leia aqui a matéria. Durante a atividade,os estudantes manifestaram apoio às duas ocupações (#ocupamendes e #ocupagomes) e colocaram a necessidade de organizar um movimento unificado dos estudantes, que unificasse os estudantes dos vários colégios mobilizados ou ocupados em torno de uma pauta comum, e coordenasse a ação dos estudantes em conjunto, numa luta unificada de todo estudante. Na atividade, também foi colocada a necessidade de se lutar não só pela educação, mas pela transformação da sociedade.
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