Já são confirmados mais de 10 trabalhadores de diversas áreas no hospital com a Covid-19. Mesmo assim lhes é negado equipamentos básicos pela superintendência e reitoria.
sexta-feira 10 de abril de 2020 | Edição do dia
Babi, trabalhadora do Hospital Universitário da USP e representante dos trabalhadores no Conselho Universitário, denuncia memorando do departamento médico que nega o fornecimento de máscaras para todos funcionários do hospital, somente àqueles que prestam assistência direta ao paciente teram acesso à esse equipamento mínimo de proteção. Além disso, já são confirmados mais de 10 trabalhadores de diversas áreas no hospital com a Covid-19.
Eu pergunto para a superintendência e a reitoria: até quando vão seguir sendo negligentes com a vida e a segurança dos trabalhadores dentro do hospital que estão na linha de frente [da pandemia] arriscando sua vida.
É necessário que a superintendência e a reitoria deixem de ser negligentes com os funcionários do hospital, que estão na linha de frente do combate à pandemia sem a mínima proteção necessária. É com urgência a necessidade EPI’s para todos os trabalhadores que correm grande risco de contaminação sem os equipamentos necessário.
2 trabalhadores da USP já perderam suas vidas. Um deles, Manoel, com mais de 70, anos pertencia ao grupo de risco e foi obrigado a continuar a trabalhar por sua empresa terceirizada, o outro era trabalhador da SAS.
Os trabalhadores do Hospital Universitário reivindicam que os seus colegas que pertençam grupos de risco devem ser liberados com urgência, com seus salários e direitos garantidos em sua totalidade e novos devem ocupar os seus lugares, com contratação garantida após a pandemia já que o HU já vinha sofrendo com o desmonte e demissões; testes devem ser garantidos para todos os funcionários, em especial no hospital Universitário para que não ocorra ainda mais contamição. Essa são medidas mínimas para garantir um enfrentamento consequente da pandemia, assim como resguardar a saúde e vida dos trabalhadores.
