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UFRN | Reitoria da UFRN ameaça despejar ocupação de estudantes

A reitoria de Henio Ferreira Miranda emitiu uma notificação aos estudantes que ocupam o saguão da reitoria da UFRN em que ordenam a desocupação em 24h, do contrário tomarão “providências administrativas e jurídicas por parte de autoridades competentes”

sexta-feira 28 de junho de 2019 | Edição do dia

O saguão do prédio da reitoria da UFRN está ocupado por um grupo de estudantes desde o dia 14 de Junho. Os estudantes ocuparam o local após a marcha da paralisação nacional do dia 14. Não obstante, não impediram o funcionamento normal das atividades administrativas no prédio, tendo recebido auxilio de funcionários e estudantes para se manterem no local. A ocupação se coloca contra a Reforma da Previdência e os cortes na educação.

Nós do Esquerda Diário repudiamos veementemente a resolução autoritária por parte da reitoria, alegando uma falsa tentativa de diálogo com os estudantes para justificar o uso de medidas repressivas a seu juízo. Qualquer atitude que se volte contra o direito de manifestação desses estudantes deve ser respondida com solidariedade ativa.

Nesse outro artigo, publicamos também uma discussão com os estudantes que deliberaram a ocupação, defendendo a necessidade de que esse tipo de ação radicalizada, sobretudo em uma conjuntura reacionária em que vivemos, esteja a serviço de fortalecer a auto-organização dos estudantes, suas assembleias e comandos, na perspectiva de superar os impasses que a burocracia da UNE impõe ao movimento estudantil da UFRN através da atual gestão do DCE.

Nos estudantes tomamos as ruas e paramos o país junto aos trabalhadores nos dias 8, 15, 30 e 14 de junho. É urgente que repudiemos o conjunto das ações repressivas tomadas pelo Estado baseados no crescente autoritarismo judiciário. Chamamos o conjunto do movimento estudantil a repudiar inclusive esta ameaça da Reitoria.

Hoje as direções das Centrais Sindicais e da UNE são organizações políticas que são responsáveis pelo avançar da Reforma da Previdência através de negociações e declarações de apoio por meio de cartas, como fizeram os governadores do Nordeste, do PT e do PCdoB, em uma divisão de tarefas que no movimento operário e estudantil são um freio pra nossa autoorganização.




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