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REFORMA TRABALHISTA | Reforma trabalhista aprofunda desigualdade do trabalho formal entre regiões do país

Em menos de 1 ano de vigor da reforma trabalhista já é possível ver os impactos dessa medida para a vida dos trabalhadores, aprofundando a desigualdade, o desemprego e a precariedade.

quinta-feira 30 de agosto de 2018 | Edição do dia

Além de estar mais do que escancarado que a reforma trabalhista não vai gerar empregos, como propagandeiam seus defensores e com um índice de desempregados chegando a 26 milhões de pessoas, já é possível ver outros impactos da reforma que flexibiliza o trabalho e destrói a CLT.

Segundo pesquisa realizada por economistas da Unicamp, Barbara Vallejos Vazquez, Euzebio Jorge Silveira de Sousa e Ana Luíza Matos de Oliveira, é possível ver impactos em relação ao nível de emprego formal, demissões por comum acordo e trabalhos intermitentes. Em relação ao emprego formal, apesar da criação de 311 mil empregos, não é uma recomposição, já que é possível verificar índices maiores de empregos antes do golpe institucional, mesmo com os ajustes do governo Dilma.

Em relação à como se distribui os empregos formais pelas regiões do país, esse é um dos claros impactos da reforma trabalhista, que contribuiu para aprofundar a desigualdade entre as regiões, com Sudeste e Sul apresentando um pequeno crescimento, e outras regiões como o Nordeste com saldo negativo.

Além disso as demissões por “comum acordo” tiveram um aumento vertiginoso. Passou de 805 em novembro para 5,8 mil em dezembro, um pico de 13,5 mil em março, caindo novamente a 12,2 mil em abril, atingindo sobretudo o comércio varejista, auxiliares, vigilante e faxineiros, empregos já com alto grau de flexibilização e que se aprofunda muito com a reforma trabalhista, gerando mais precariedade, sobretudo para as mulheres negras, que são maioria em empregos assim.

Já o trabalho intermitente chega a marca de mais de 17 mil desde a reforma. Essa é a cara da reforma trabalhista, desigualdade, precarização e desemprego, uma realidade que escancara qual o sentido do golpe no Brasil que pode ser sentido por todos com os inúmeros ataques que tivemos.

Realidade essa que não é suficiente para os capitalistas e o judiciário golpista, que retira até mesmo o direito do povo decidir em quem votar com a prisão arbitrária de Lula, manipulando as eleições para escolher a dedo quem vai ser o próximo presidente capaz de atacar ainda mais os trabalhadores e a juventude. Para enfrentar a reforma trabalhista e outros ataques que certamente virão, precisamos defender o direito do povo decidir em quem votar nessas eleições que estão sendo manipuladas, enfrentando assim os privilégios dos juízes e lutar por uma saída anticapitalista à crise, que façam os patrões pagarem por ela.




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