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Reforma da previdência vem pra reduzir a vida de pessoas com HIV

Quase 3 mil brasileiros que vivem com HIV perderam a aposentadoria por invalidez desde 2017. O “pente-fino” do INSS é uma verdadeira política para expor essas pessoas ao desemprego e à fome.

segunda-feira 12 de agosto de 2019 | Edição do dia

Pessoas que estavam há dois anos ou mais sem passar por revisão e são beneficiárias do INSS vão ficar sem sua aposentadoria. Medida teve início no governo de Michel Temer, já afetando milhares de brasileiros, agora afetará diretamente quem vive com HIV. A análise feita para retirar a aposentadoria de milhares bonifica a agentes que encontrarem irregularidades na previdência e nas perícias. Dificultando ainda mais a possibilidade de se aposentar.

Com mais de 50 anos e fora do mercado de trabalho há muito tempo, a retirada do benefício do INSS significará a piora de vida de muitos idosos que vivem com HIV. Em entrevista para a GGN, a advogada da ONG Gestos, que trata do tema, disse que: “Tem muita gente abandonando o tratamento porque não tem o que comer. O trabalho do governo em incentivar as pessoas a aderirem ao tratamento pode estar indo por água abaixo”

Soma-se à isso o fato de que milhares de pessoas estão tendo que interromper o seu tratamento por falta de remédios gratuitos. Como no RN, em que falta remédios e as pessoas voltam a morrer pelo desenvolvimento da doença.

Bolsonaro já extinguiu o departamento de combate à AIDs e foi o encarregado de fazer passar a reforma da previdência. O ódio às mulheres, negros e LGBT’s vem acompanhado de uma política para nos fazer morrer, seja de trabalhar seja por causa de uma doença que já há muito tempo encontra tratamento e possibilita uma vida normal às pessoas portadoras do vírus. Quem lucra são os grandes laboratórios, que vendem mais remédios e não divulgam suas pesquisas para a população.

É necessário campanhas para enfrentar um epidemia que só aumenta entre os jovens de 18-24 anos de idade. Ligado ao debate de gênero e sexualidade nas escolas. É preciso enfrentar os grandes laboratórios que querem lucrar com o sofrimento de milhões. Queremos o tratamento gratuito conforme a demanda, a liberação das pesquisas dos grandes laboratórios e exigimos a cura de uma doença que deveria pertencer somente ao passado.




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