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CONTRA A REFORMA DA PREVIDÊNCIA | Reforma da previdência de Bolsonaro limitará acesso a remédios para povo pobre

Com o texto original apresentado por Jair Bolsonaro (PSL), a reforma poderá reduzir a distribuição de remédios a pacientes da rede pública de saúde obtidos por decisão judicial. Ou seja, além de fazer os trabalhadores trabalharem até morrer com a Reforma da Previdência, o governo também quer rifar o direito à saúde da população pobre.

sexta-feira 12 de abril de 2019 | Edição do dia

Na parte da previdência vai dificultar o acesso aos recursos do INSS via ordem judicial. O Ministério da Saúde tem dados de que 90% do total de gastos para atender sentenças se refere a remédios para tratamento de doenças raras. Querem nos fazer trabalhar até morrer sem nenhum direito e conter até mesmo os métodos mais limitados para lidar com a saúde.

A proposta de Bolsonaro e do ministro da Economia, Paulo Guedes, altera o parágrafo 5 º do artigo 195 da Constituição. Esse é justamente o trecho que trata da OSS (Orçamento de Seguridade Social) que abrange saúde, previdência e assistência social. Na proposta de emenda apresentada pelo governo “Nenhum benefício ou serviço da seguridade social poderá ser criado ou estendido por ato administrativo, lei ou decisão judicial, sem a correspondente fonte do custeio total”.

Segundo dados de especialistas contratados pela Folha, esse rearranjo poderá dificultar acesso a remédios e tratamentos. Acontece que se limita o acesso à Justiça, ao dizer que uma decisão judicial não pode ser proferida sem fonte de custeio. Ou seja, além de apoiar uma reforma trabalhista que piora absurdamente as condições de trabalho e de ter como prioridade aprovar a reforma da previdência contra a população pobre, o governo também quer impedir que os trabalhadores possam ter pleno acesso à saúde.

A proposta da PEC também alcançará os estados e os municípios. Além disso se aprovada, a avaliação de especialistas é que dela no dia a dia dependerá da própria análise do juiz o que também dá espaço para arbitrariedades. A CCJ (Comissão de constituição e Justiça) presidida por Marcelo Freitas (PSL-MG), deu aval para que o texto seja votado no congresso e declarou ele todo como constitucional.

A reforma da previdência tem como objetivo piorar as condições de vida da população e fazer com que trabalhemos até morrer, descarregando a crise capitalista sobre os ombros dos trabalhadores aumentando a exploração, para dar cada vez mais dinheiro ao capital financeiro. O orçamento de seguridade social (OSS) já tem parte de sua receita taxada pela DRU (Desvinculação das Receitas da União) fazendo com que parte dela vá para o pagamento da dívida pública.

Desde o Esquerda Diário defendemos o fim do pagamento da dívida pública, uma dívida que não é nossa e que só serve para enriquecer ainda mais os empresários, para que a crise seja paga pelos capitalistas.




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