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REFORMA TRABALHISTA | Reforma Trabalhista é uma institucionalização de fraudes contra os trabalhadores, diz procurador

O procurador geral do trabalho, Ronaldo Fleury, diz que o Brasil “ainda tem uma cultura escravocrata, e que a Reforma trabalhista é institucional”.

segunda-feira 17 de julho de 2017 | Edição do dia

Semana passada (13) a Reforma Trabalhista foi sancionada pelo presidente Temer, onde beneficia os maus empregadores de forma escancarada. Em entrevista dada a Folha de São Paulo, Ronaldo Fleury faz uma avaliação do quanto à reforma pode prejudicar ainda mais os trabalhadores brasileiros.

Segundo Ronaldo, a tramitação da reforma sem a devida discussão, apenas deixa claro o quanto ela é unilateral e que de forma alguma quer beneficiar os trabalhadores, todas as suas propostas atendem o mau empregador e institucionalizam a precarização total do trabalho.

O Brasil foi um dos últimos países do mundo a libertar seus escravos, e este fato tem um peso muito importante nas relações estabelecidas entre empregadores e empregados. Fleury ainda completa dizendo que a falta de fiscalização é um dos maiores problemas nos dias de hoje, e que se houvesse uma fiscalização de fato, talvez nem precisasse existir Justiça do Trabalho.

Quanto à reforma como modernização, como muito defensores alegam, o procurador disse que “estão criando estruturas legais, fórmulas de trabalho que existiam 200 anos atrás, como a própria jornada intermitente”, e que é necessária uma reforma sindical.

Na entrevista disse que de forma alguma a reforma servirá para gerar empregos e que em vários países onde a flexibilização foi feita o que ocorreu foi à troca por empregos alternativos tais como: intermitente, pejotização e terceirização.
Finalizou salientando que a intenção do MPT (Ministério Público do trabalho), pretende entrar como uma ação direta de inconstitucionalidade.

Certamente a reforma trabalhista atenderá todos os desejos dos exploradores de forma institucionalizada e mais uma vez vemos como os interesses econômicos estão acima dos interesses políticos, e que esses ataques são cruciais para o perpetuação de um Brasil que tenha condições agora “legais” para a exploração contínua da classe trabalhadora.




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