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CRISE ECONÔMICA | Recessão, desemprego e inflação em alta

sábado 20 de junho de 2015 | 00:01

Os dados divulgados nesta sexta-feira confirmam piora na situação econômica do país, fato que já era visível para todos.

Confirmando o quadro geral de recessão, dados divulgados hoje mostram que o mês de maio deste ano foi o pior para o emprego desde 1992. Segundo dados do Ministério do Trabalho, só em maio, foram mais de 115 mil empregos formais perdidos. Nos cinco primeiros meses do ano, foram fechadas mais de 243 mil postos de trabalho e nos últimos doze meses, mais de 450 mil vagas foram fechadas.

Mesmo assim, com a retração na economia e com a queda no emprego, a inflação continua aumentando. Nesta sexta-feira, saíram números (IPCA-15, índice de preços ao consumidor amplo - primeira quinzena do mês medido pelo IBGE) que indicam a maior taxa anual de inflação desde o final de 2003, com 8,8% de aumento acumulado nos preços (em 12 meses).

São aumentos nos serviços, mas com destaque para itens de alimentação da cesta básica (como ficou marcado no recente aumento no preço da cebola com aumento de 40,29% nos primeiros 15 dias de junho) do trabalhador e nas tarifas e taxas de serviços públicos.

Os dados são ruins também para a atividade econômica, que no Brasil caiu 0,84% em abril passado em relação à março, acumulando uma queda de 2,23% nos primeiros quatro meses do ano, segundo indicador divulgado também nesta sexta-feira, pelo Banco Central (BC).

O resultado do chamado Índice de Atividade Econômica (IBC-Br), que o BC considera como uma medição prévia do Produto Interno Bruto (PIB), indicou além disso, que a contração da economia anualizada até abril, ficou em 1,38%.

Até agora, as previsões do governo brasileiro admitem que a economia cairá este ano, cerca de 1,2%, embora as projeções do mercado financeiro apontam para que a queda será pelo menos de 1,35%.

Segundo dados oficiais, a economia brasileira já se contraiu 0,2% no primeiro trimestre de 2015 frente ao período anterior. No entanto, comparada com o primeiro trimestre de 2014, a queda foi de 1,6%.

As perspectivas são de aprofundamento do quadro recessivo nos próximos meses e todas as medidas do ajuste fiscal do governo Dilma, agravam ainda mais a queda na produção de riquezas, do emprego e da renda dos trabalhadores. Pois, estes ajustes, visam não evitar a recessão, mas fazer garantir os lucros de empresários e banqueiros nacionais e internacionais, enquanto os trabalhadores pagam a conta.

Esquerda Diário/EFE


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