segunda-feira 8 de outubro de 2018 | Edição do dia
O fenômeno eleitoral do crescimento da base de extrema direita no país não ficou restrito apenas a presidência. Em vários estados os candidatos de Bolsonaro avançaram ao segundo turno no executivo. No legislativo, as votações recordes de Janaína Paschoal e Eduardo Bolsonaro, que tiveram as maiores votações para os cargo de deputado na história, são exemplos desse fenômeno.
Janaína Paschoal ficou conhecida como a autora do processo de impeachment, que abriu caminho para o golpe institucional. Na disputa por uma vaga na Assembleia Legislativa de São Paulo, a candidata recebeu 2.031.829 votos e superou o recorde histórico para o legislativo estadual e federal. Além disso, suas intervenções alopradas, marcadas pelo tom raivoso e gestos exagerados, também ganharam notoriedade. Também pelas redes sociais suas postagens ficaram conhecidas, como a que clama ao presidente norte americano Trump por uma intervenção na Venezuela.
@realDonaldTrump President Trump, my name is Janaina Paschoal. I am one of the lawyers, who asked President Dilma's Impeachment. (1)
— Janaina Paschoal (@JanainaDoBrasil) 1 de agosto de 2017
@realDonaldTrump The sanctions your government imposed are not enough. The USA must stop buying Petroleum Products from Venezuela. (3)
— Janaina Paschoal (@JanainaDoBrasil) 1 de agosto de 2017
Janaína também obteve mais votos que Eduardo Bolsonaro (PSL), atual campeão de votos para deputado federal por São Paulo. O representante do clã Bolsonaro em SP atingiu 1814.443 votos. O segundo candidato mais bem votado para o legislativo paulista é Arthur Mamãe Falei (DEM) que, assim como Janaína, estreia na Casa.
Esses resultados eleitorais expressivos demonstram um amplo setor que se sente representado pelas falas reacionárias do clã Bolsonaro, Janaína, e Arthur. Fica evidente que não é pelas urnas que conseguiremos derrotar essa extrema direita que cada vez mais dá as suas caras. É necessária a organização da classe trabalhadora em seus locais de estudo e trabalho para impor uma força material que faça frente a esse discurso reacionário.
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