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PARALISAÇÃO DE ENTREGADORES | Rappi tenta comprar entregadores para desmobilizar paralisação do dia 1/07

Tentando colocar um freio nas paralisações de entregadores no dia 1 de Junho, a Rappi tenta comprar entregadores, divulgando algumas medidas de segurança e um auxílio. Cinísmo segue o tom da divulgação da empresa.

domingo 28 de junho de 2020 | Edição do dia

“Sua saúde é nossa prioridade” é o que diz o informe da Rappi sobre o novo fundo de apoio criado pela empresa. Às vésperas de uma paralisação internacional de entregadores por medidas de segurança e condição de trabalho, a Rappi tenta desmobilizar a luta dos entregadores com uma boa carga de cinismo.

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Os entregadores foram largados à própria sorte pelos apps desde o início da pandemia. O que torna ainda mais absurdo que no anúncio do novo fundo criado pela Rappi, se diga que a saúde dos entregadores é prioridade da empresa, que durante 3 meses virou as costas para as demandas dos entregadores.

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Agora que a Rappi vai ter de encarar uma luta firme de entregadores em diversos países, exigindo aumento dos pagamentos por Km rodado, aumento do valor mínimo, fim de bloqueios, de restrições de locais de atuação, além de seguros de roubo e acidente e um auxílio pandemia, eles finalmente liberam uma primeira medida que responde a anseios dos entregadores.

Afinal, estamos falando da empresa que se importa mais com as entregas do que com entregadores acidentados. São diversos os casos de acidentes, e até de mortes de entregadores, que ainda tiveram cobrados um reembolso das mercadorias que não entregaram. Vale lembrar de Thiago Dias, falecido em 2019, que morreu trabalhando sem sequer receber pronto socorro da Rappi.

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Mas a Rappi em nada tem a saúde de seus entregadores como prioridade. Sim querem enfraquecer as lutas deste dia 1º de junho, comprando entregadores com medidas parciais. O fundo ainda estabelece uma exigência de ao menos 20 entregas nos últimos 30 dias para poder acessar o auxílio. O que automaticamente tira da lista entregadores que por razões diversas, como acidentes e doenças, ficaram parados nos últimos dias. Sem contar que os valores do auxílio serão calculados com base nos rendimentos dos entregadores, que, como as demandas do dia 1 mostram, são baixos por política da empresa, o que tornará os auxílios também baixos.

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A paralisação internacional do dia 1 de junho pode arrancar muito mais do que a Rappi dá agora, para fazer entregadores desistirem de paralisar. A força da paralisação internacional pode avançar para colocar a Rappi e seu sistema de trabalho ultra precário contra a parede. O cinismo de quem largou vidas desde o início da pandemia é gerado pelo medo que a Rappi tem dessa paralisação.
Nós do Esquerda Diário colocamos todas as nossas forças para a solidariedade ativa à essa paralisação! A força dos entregadores pode ser um passo importante para mudar a correlação de forças que hoje existe, e que faz diversas empresas deixarem seus trabalhadores largados durante a pandemia. O apoio dos metroviários, que também irão paralisar no dia 1º também é fundamental para fortalecer esta luta!

Para as ruas dia 1º, fortalecer a luta dos entregadores!




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