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RACISTAS NÃO PASSARÃO | Racismo na UFRB: aluno diz que recusou prova da professora por ‘questão de energia’

Danilo Araújo de Góis que se recusou de pegar uma prova das mãos da professora negra Isabel Cristina Ferreira dos Reis na Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB) agora afirma na delegacia que tomou a atitude por ’questão de energia’ e que sofreu preconceito por ser chamado de racista.

sexta-feira 13 de dezembro de 2019 | Edição do dia

Após toda a repercussão do caso do aluno que se recusou a pegar a prova da professora, em depoimento que o estudante teve que prestar à polícia, ele afirmou que não passou de um "mal-entendido" e que ele não costuma pegar objetos na mão de pessoas desconhecidas por "questões particulares em relação a religião".

Além disso, ele ainda afirma a palhaçada de que ele está sendo vítima de preconceito pois não conseguiu se explicar no momento que o caso ocorreu e foi chamado de racista.

A professora da UFRB, universidade que tem 83% dos estudantes negros, afirmou que os estudantes já tinham contado que ele não gostava de encostar em pessoas negras e homossexuais e que, além disso, ele se recusava a pegar qualquer coisa na mão de pessoas negras e relembrou uma aula na qual Danilo disse que negros eram preguiçosos e fediam. Além disso, o aluno já chegou a balbuciar que “ não se mistura com negros pois foi bem-criado”.

"Eu estava aplicando a prova e ele chegou um pouco atrasado. Naturalmente eu peguei e dei a prova. Aí ele disse: ’Coloque em cima da mesa, bote em cima da mesa. Aí foi eu lembrei do que os alunos diziam, que ele não pegava objetos das mãos de pessoas negras. Então eu perguntei: ’Por que você não pode pegar na minha mão? E ele disse: Porque não posso. Ele calcula bem as ações. Ele não verbalizou porque não cabia na frente de tantas pessoas", relatou.

A professora insistiu pra que Danilo desse uma explicação. "Eu queria entender porque ele estava tendo aquele comportamento". Diante do fato do estudante se recusar a pegar a prova, Isabel também se negou a dar o exame. "Ele falava: ’Bote na mesa, que não pego da sua mão. Na mesa, na mesa’", disse.

O racismo no Brasil é um valor intrínseco a herança escravocrata e os resquícios de superioridade da síndrome de sinhá que acompanha a classe média brasileira, o mito da democracia racial tem sido cada vez mais questionado na medida em que o governo Bolsonaro assume a presidência e os conservadores decidem sair do armário destilando todo ódio sobre o povo negro, povo que colocou de pé esse país.

Nós do Esquerda Diário nos colocamos a serviço de combate ao racismo institucional intrínseco ao capitalismo e ao racismo que oras parece velado nas condições de vida da população negra, na violência polícia, nas políticas do estado, oras aparece aberto como no caso desse racista.




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