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Racismo: estudantes do colégio Tiradentes em MG são coagidas a retirarem suas tranças

quinta-feira 11 de outubro de 2018 | Edição do dia

Reprodução/Facebook/Scottishbusiness/ArquivoPessoal

Estudantes negras, do Colégio Tiradentes da Polícia Militar em Minas Gerais, num caso claro de racismo foram coagidas a retirarem suas tranças por orientação da direção da instituição. A medida foi informada as adolescente com base em uma alegação de uma "padronização" dos penteados. Nos relatos das adolescentes sobre o ocorrido fica evidente o nível de racismo destilado durante a reunião, para o qual as estudantes negras foram retiradas das sus respectivas aulas, por parte da vice-diretora da instituição e da major que acompanhava a reunião. As estudantes relatam que ouviram que as tranças "estragam o cabelo" e que foram questionada se já haviam alisado ou se pensavam em alisar seus cabelos.

Como relata uma delas em uma publicação no facebook, as tranças são, além de uma forma de fortalecimento da auto estuma de diversas adolescentes que por anos foram obrigadas a sacrificar seus cabelos naturais em nome de um padrão racista, uma forma e expressão da cultura e ancestralidade do povo negro. “Agora me perguntam o motivo das fotos chorando, meu amigos, foram ANOS de aceitação, ANOS que demorei para aceitar minha cor, meu cabelo, minha ancestralidade."

Depois da reunião as alunas relatam que passaram a sofrer com xingamentos, áudios e manifestações racistas nos grupos de whatsapp com mensagens absurdas como esta: “Sai fora, suas macacas. Vocês não querem aceitar as regras, sai fora do colégio”. A direção do colégio, cinicamente, argumenta que tudo não passou de um mal entendido.

Na verdade só a existência de regras como essas são um absurdo que pra nada mais serve para além de abrir precedentes para casos como esses, que escancaram o racismo presente em nosso país, já que os penteados, as tranças e os cortes de cabelo em nada influenciam na aprendizagem dos estudantes.
Nos solidarizamos com as estudantes, que contaram com o apoio de diversos alunos na escola e organizaram um ato em apoio as alunas, e repudiamos essa atitude racista!




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