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PETROBRAS | RLAM: surto de COVID e assédio moral em meio a privatização

RLAM, refinaria localizada na Bahia passa por surto de COVID e assédio moral. 75 trabalhadores já teriam sido contaminados no trabalho e 8 deles estariam internados com quadros mais graves. Enquanto isso se multiplica o assédio para os trabalhadores ameaçados com perda de empregos e direitos pela privatização.

segunda-feira 1º de março de 2021 | Edição do dia

Foto: Unidade de hidrotratamento de diesel da Refinaria Landulpho Alves - RLAM - Divulgação Petrobras

A RLAM, primeira refinaria do país e a segunda maior de todo sistema Petrobras está sofrendo uma onda de ameaças: surto de COVID colocando dezenas de vidas em risco e ainda um surto de assédio moral para abrir caminho à privatização.

A privatização da unidade, sem licitação e sem votação no Congresso, graças a conluio do STF com os militares, Bolsonaro, Congresso, para entrega das riquezas nacionais, já foi anunciada, por menos de 50% do seu preço de mercado.

O Sindicato dos Petroleiros da Bahia, o Sindipetro-BA, afirma que 75 trabalhadores da RLAM, a Refinaria Landulpho Alves, teriam sido contaminados com o coronavírus nos últimos dias. Oito estão hospitalizados e três em uma Unidade de Terapia Intensiva, intubados.

O sindicato denuncia também que a gerência da empresa autorizou a entrada dos trabalhadores sem nenhum tipo de controle sanitário ou preventivo, tanto de trabalhadores próprios efetivos e terceirizados em meio a uma Parada de Manutenção, evento que leva a grande aumento do contingente de terceirizados na refinaria, muitos deles deslocados de outras regiões do país. Há informações de surto de COVID não somente entre terceirizados mas não é de se estranhar que a precarização das suas condições de trabalho e vida também os exponham mais. Há informações de que muito dormiram em ambientes coletivos fechados alugados pelas "gatas" que operam na Parada.

Também é denunciado pelo sindicato que a refinaria se recusa a fazer nova testagem naqueles que já contraíram a doença no ano passado, ou seja, o risco de contaminação, inclusive com a nova cepa do coronavírus é bastante elevado. E sem nenhum respaldo científico a Petrobras coloca petroleiros ao risco, sem nenhum controle. Tudo para deixar a RLAM "novinha em folha" para os compradores xeiques bilionários dos Emirados Árabes.

Diante da privatização todos petroleiros da Bahia também estão sofrendo um terrível assédio. Os terceirizados sofrem ameaça iminente de desemprego, os efetivos tem escolhas uma mais assediadora que a outra. Podem "escolher" um PDV e serem demitidos, podem "escolher" da noite para o dia mudar para outro Estado do país, ou "escolherem" a sorte na empresa compradora. Sabe-se como em cada empresa de telefonia, energia privatizada em poucos meses os que tentaram a sorte com a compradora acabam demitidos. Exatamente isso aconteceu com trabalhadores da BR Distribuidora, privatizada logo no ínicio do governo Bolsonaro. Em poucos meses a empresa ofereceu o seguinte: redução de salário em mais de 50% ou demissão...

Essa é a situação na RLAM, não é de se estranhar que justamente nela tenha ocorrido um evento trágico, um suicídio de um trabalhador dentro da planta de produção. Para não mostra sua culpa no assédio moral a este trabalhador a empresa está escondendo documentos relativos a esta morte, como denunciou o sindicato local.

Com informações do Sindipetro Bahia.

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