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“Quem é esse rosto feminino que em pleno século XXI sacode o imaginário de todos?” Lançamento do livro ‘Nós mulheres, o proletariado’ na UFPE

Redação

Imagem: Isadora de Lima Romera | @garatujas.isa

“Quem é esse rosto feminino que em pleno século XXI sacode o imaginário de todos?” Lançamento do livro ‘Nós mulheres, o proletariado’ na UFPE

Redação

No dia 05 de maio, aconteceu, na Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), o lançamento do livro Nós Mulheres, o proletariado de Josefina Martinez, que contou com a apresentação de Diana Assunção, uma das autoras do prólogo da versão brasileira do livro e fundadora no Brasil do grupo de mulheres Pão e Rosas, e de Laudicena Barreto, professora do departamento de Serviço Social da UFPE e uma das autoras da quarta capa. O evento reuniu estudantes e trabalhadores e foi organizado por Iuri Tonelo, do PPGS-UFPE, que também mediou a mesa.

Na sua apresentação, Diana Assunção dialogou com o atual cenário nacional, marcado pela conjuntura eleitoral, abrindo sua fala colocando em primeiro lugar o repúdio ao governo Bolsonaro e se apoiando em aspectos que coloca o próprio livro em relação a história da luta das mulheres e seu potencial emancipatório para mostrar como a luta da nossa classe nos dá muitas pistas de qual o caminho para combater a extrema direita, colocando que “esta classe trabalhadora pode ter hegemonia operária sobre o conjunto dos setores oprimidos, ou seja, pode ser o setor que pelo seu papel na produção tenha capacidade de ser a classe revolucionária da nossa época levando de forma vibrante o combate contra todas as mazelas que sofre o conjunto da população pobre”.

Diana também falou sobre a importância de resgatarmos estas lutas das mulheres no contexto de um necessário combate a vertentes como o stalinismo, que possui expressão em setores da juventude em Recife, e que utilizam de uma verborragia radical para esconder o papel nefasto que tiveram para as conquistas das mulheres, assim como de negros e LGBTs e sua política que na essência, defende projetos de conciliação com a burguesia.

Em sua fala, Laudicena Barreto disse que “o livro dizia pra mim que a gente precisa honrar a luta histórica de tantas mulheres” e que “A luta de classes está viva e a luta feminista tem uma outra direção que não a conciliação de classes” destacando um aspecto fundamental em relação a atual conjuntura com o qual buscamos dialogar desde a mesa que é a incapacidade de que meras saídas institucionais e eleitorais – que são as únicas vias que são apresentadas pelo PT e pelos setores da esquerda que estão se diluindo na chapa Lula-Alckmin – derrotarem de fato a extrema direita.

O livro está disponível para venda no site das Edições Iskra.


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