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A CARA DA DIREITA | Quem é Rogério Chequer, líder do movimento Vem Pra Rua que convoca manifestação no dia 04/12?

Neste domingo, 4, ocorrerá uma manifestação convocada por movimentos ligados à direita brasileira. Um deles é o Movimento Vem Pra Rua, que tem como um de seus líderes o empresário Rogério Chequer. Confira aqui quem é Chequer.

sábado 3 de dezembro de 2016 | Edição do dia

Em artigo para o blog Tijolaço, no mês de março de 2015, o jornalista independente Fernando Brito revelou as ligações do líder do Movimento Vem Pra Rua, Rogério Chequer, com uma empresa de gestão de fundos de investimentos chamada Altas Capital Manegement, em que atua diretamente como sócio de David Chon e Harry Kretsky. Brito também apontou que uma das movimentações da empresa provém da Discovery Atlas Fund, com US$115 milhões em ações.

De acordo com o site Conversa Afiada, Rogério Chequer é um dos sócios de Robert Citrone, um dos bilionários da revista Forbes que possui uma riqueza superior a US$1 bilhão.

Numa pesquisa apresentada pelo G1, Rogério Chequer critica os demais grupos que participaram do impeachment dizendo que promovem ’’fogo amigo’’ contra o PSDB. Na época, ele afirmou que o bloco de oposição tinha que estar unido. Chequer que diz não tirar foto com políticos, aparece em inúmeras fotos com políticos importantes do PSDB, como Aécio Neves. O site GGN por sua vez, fez uma entrevista com uma ex-filiada do PSDB chamada Daniela Schwery, onde esta afirma que o impeachment foi financiado por Aécio Neves e Ronaldo Caiado para salvar Fernando Henrique Cardoso através das eleições indiretas.

Curiosamente, Chequer cedeu uma entrevista para a Veja, em que afirma que sairia na rua contra o Temer se for preciso. Nessa sua entrevista, ele afirma que o governo fez coisas positivas como os ataques contra os trabalhadores e demais setores populares da sociedade que estão em curso, mas ao mesmo tempo ele reclama que o presidente utiliza da prática do fisiologismo e é cauteloso em torno da reforma trabalhista. No jogo de ’’pingue - pongue’’ entre o jornalista da Veja e Chequer, o jornalista afirma que a ’’máquina pública não enxugou o suficiente’’.

Além disso, o direitista Olavo de Carvalho, durante o período das manifestações pelo impeachment, fez críticas a Rogério Chequer. O motivo dele chamar o líder do Movimento Vem Pra Rua de "Chequer sem fundo" e "Talão de Chequer" foi porque o Movimento Vem Pra Rua não tinha aderido a pauta pelo impeachment. Depois de uma conversa ’’entre amigos’’, a postura de Rogério perante o impeachment mudou.

Conforme conta o site Diário do Centro do Mundo, Chequer foi a estrela da reunião do fórum do Lide, Grupo de Líderes Empresariais de João Dória e lá pôde estar no lado de Eduardo Cunha e Fernando Henrique Cardoso. Em seu discurso, cobrou dos empresários que manifestem o seu descontentamento e criticou o Congresso não ter aberto uma CPI do BNDES.

Para parte importante do empresariado e tucanato brasileiro Temer não está fazendo o suficiente para atacar os trabalhadores, nem tão rápido, nem tão profundo como gostariam. Ao mesmo tempo em que dão uma chance para Temer poder atacar os trabalhadores, estão prontos para caso o atual presidente falhe na sua missão em implementar tais medidas impopulares tenham uma alternativa mais eficiente para tal.

A ânsia para ver os trabalhadores e demais setores populares da sociedade serem atacadas é tanta que se discute até a volta do Fernando Henrique Cardoso por meio de eleição indireta. Um verdadeiro golpe dentro golpe. O Movimento Vem Pra Rua só pode ter interesses em fortalecer a Lava Jato no sentido de atacar mais os trabalhadores, propondo saídas mais radicalmente a direita e neoliberais para a crise e quem sabe buscando fortalecer o PSDB. Lembrando que a ala alckminista tucana se fortaleceu nas eleições municipais e agora ocupam prefeituras importantes como de São Paulo capital, que foi ganha pelo mega empresário João Dória.

Estas manifestações que vão ocorrer em defesa da Lava Jato, nem de longe podem representar uma saída contra os escândalos em meio a crise. Neste dia 04 não marchamos com a direita. É preciso lutar por uma saída nossa, dos trabalhadores, jovens, mulheres contra os distintos setores da elite, incluindo a deste tipo mais empresarial que querem nossa sangue em troca de seu lucro.




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