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CRISE POLÍTICA | Protocolada frente que teria número suficiente para barrar impeachment

Documento de criação de uma “Frente Parlamentar em Defesa da Democracia” teria sido protocolado hoje (14) pela deputada Luciana Santos, presidente do PCdoB, segundo informações de sites ligados ao governo e também da grande mídia. A Frente foi articulada pelo ex-presidente Lula e teria conseguido um número de assinaturas maior do que o necessário para impedir a aprovação do impeachment na Câmara no domingo (17).

quinta-feira 14 de abril de 2016 | Edição do dia

Apesar do otimismo da oposição pró-impeachment, que conseguiu a adesão do PP nos últimos dias, as dúvidas permanecem sobre qual será o resultado da votação do impeachment próximo domingo. Atualmente, segundo o Placar do Impeachment do Estado de São Paulo, a oposição conta com 299 votos a favor do relatório que afastaria a presidenta. Porém necessitam de 342.
Segundo esse mesmo placar, 123 deputados votariam contra o relatório, 48 se declararam indecisos e 43 não quiseram responder. Porém, supostamente o documento contra o impeachment já conta com a assinatura de 186 deputados, o que daria a vitória para o governo e barraria o impeachment. O documento contaria também com 30 assinaturas de senadores, já se adiantando na disputa no Senado, numa eventual vitória da oposição na Câmara que consiga passar o relatório adiante.
Mais cedo, o líder do governo, deputado José Guimarães (PT-CE), disse que o governo continua otimista sobre a votação. "Todos nós sabemos que as bancadas estão muito divididas. Poucos partidos já estão decididos 100%. No mais é jogada para mídia. Temos segurança do trabalho que fizemos esses dias todos. Não tem risco de termos menos de 200 a 216 votos", afirmou nesta quinta.
O líder do PT na Câmara, deputado Afonso Florence, disse que o governo tem os quase 172 votos necessários para barrar o impeachment. "A oposição precisa de 342 votos ’sim’ pelo impeachment e hoje eles não têm e não terão. E, nas ruas, o movimento pela legalidade democrática tem influenciado muito o voto de indecisos. O governo obviamente se preocupa com os indecisos. Há um trabalho de persuasão", afirmou.
Não se sabe, no entanto, se alguns desses nomes que constam na lista poderiam debandar junto com outros partidos que abandonar o apoio ao governo. Continua portanto a tentativa de influenciar os setores indecisos de ambos os lados. Cada momento e cada movimento é decisivo. Acompanhe pelo Esquerda Diário.




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