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#BLACKLIVESMATTER | Protestos contra a brutalidade da polícia nos Estados Unidos

Os assassinatos de Alton Sterling e Philando Castile trouxeram de volta os protestos contra o racismo, que se estenderam às principais cidades dos Estados Unidos.

Celeste MurilloArgentina | @rompe_teclas

sexta-feira 8 de julho de 2016 | Edição do dia

Os vídeos viralizados das execuções racistas por mãos de oficiais da polícia trouxeram novamente a tona a bronca e os protestos às ruas dos Estados Unidos. Foram realizadas mobilizações nas principais cidades do país. Durante uma marcha em Dallas (Texas) cinco policiais e um civil morreram em um tiroteio e ao menos sete pessoas ficaram feridas.

A bronca volta às ruas

As manifestações começaram desde cedo. Nova Iorque, Filadélfia, Chicago e Atlanta foram as primeiras em sair as ruas, mas não foram as únicas. Também foram realizadas concentrações e atos em diferentes localidades e rodovias foram bloqueadas.

Em Nova Iorque milhares de pessoas participaram de um ato na Times Square, um dos centros neurálgicos de Manhattan. Mesmo que a polícia tenha prendido vários manifestantes, também foi feito um protesto na Union Square e marchas pela cidade ao grito “Mãos aos alto, não dispare” e “Parem com a polícia, a brutalidade e os assassinatos”. Esta já tinha sido uma das consignas mais cantadas no protesto em frente a mansão do governador de Minnesota, Mark Dayton, depois do assassinato de Philando Castile.

Em Washington DC centenas de pessoas se reuniram em frente a Casa Branca e marcharam ao Capitólio (Congresso) para protestar contra a brutalidade policial racista. Alguns legislafores se aproximaram para saudar a manifestação e John Lewis, ativista histórico do movimento pelos direitos civis, dirigiu algumas palavras à multidão que cantava “Black Lives Matter” (A vida dos negros importam).

Logo a costa oeste se somou aos protestos, onde foram realizados bloqueios de rodovias próximo a Los Angeles e Oakland. Em Los Angeles, os manifestantes bloquearam uma das principais rotas que atravessam a cidade. Os protestos seguiram mesmo depois de se soube das notícias de Dallas.

Também houve uma importante manifestação em Atlanta (Georgia) e em St Paul (Minnesota), na qual participou o governador do estado.

Sem justiça não haverá paz

Uma semana antes dos assassinatos de Sterling e Castile, se soube da absolvição de um dos agentes acusados pela morte de Freddie Gray em Baltimore.
A impunidade da polícia aumenta a bronca da comunidade afroamericana, especialmente sua juventude, que vê que apesar dos discursos, suas vidas não importam.

As execuções racistas pelas mãos da polícia se tornaram constantes. Os assassinatos desta semana não fazem mais que confirmar a vigência do racismo institucional nos Estados Unidos.




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