A Câmara Municipal de Belo Horizonte (CMBH) aprovou nesta terça-feira (5), em primeiro turno, um repugnante projeto de lei que proíbe a utilização de linguagem neutra ou não binária nas escolas de BH.
quarta-feira 6 de julho de 2022 | Edição do dia
A proposta é do reacionário Nikolas Ferreira (PL). Esse bolsonarista patético que nunca se cansa de atacar os direitos dos trabalhadores e setores oprimidos e apoia todos os cortes à educação feitos pelo governo não se preocupou com os professores da rede municipal que foram espancados pela polícia de Kalil durante a greve. Mesmo assim, agora ele justifica esse projeto lgbtfobico com a preocupação da qualidade do ensino e “defesa da língua portuguesa”.
Flávia Borja, outra vereadora reacionária do Novo, disse que é ’chilique’ se preocupar com a linguagem neutra. "É verdade que alguém se suicida por causa da língua? Eu ouvi certo?”. É um absurdo uma atrocidade como essa sair da boca de um político do Brasil, onde essa parcela da população precisa viver constantemente com o medo da violência e da morte.
Esse projeto, além de ataque atroz a toda comunidade LGBTQIA+, trata-se também de um ataque à Educação e ao exercício da docência que se propõe garantir uma formação crítica, com o mínimo de qualidade e humanidade que ainda pode ser possível na atual situação trágica em que se encontra a educação pública.
É preciso mobilizar e impor a derrota deste projeto asqueroso do Nikolas Ferreira (PL). Não é possível admitir tamanho ataque aos direitos das LGBTQIA+ no país que mais mata de pessoas trans do mundo.
A professora e pré-candidata a deputada federal Flavia Valle, do MRT, denunciou o absurdo em suas redes:
Cruzada reacionária e LGBTfóbica em BH: após violar direitos de alune trans e menor de idade nas última semanas, projeto do bolsonarista Nikollas Ferreira foi aprovado e proíbe uso da linguagem neutra nas escolas. Como em Stonewall temos que combater a LGBTfobia nas ruas! 🌈
— FlaviaValle (@FlaviaValle_ED) July 6, 2022