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JUVENTUDE | Programa de ação para a luta contra o aumento: debate com MPL e movimento

sexta-feira 8 de janeiro de 2016 | 13:20

Mais uma vez começa o ano com o aumento da tarifa do transporte por todo país. Desta vez se dá em meio a uma crise e uma série de cortes e ataques à vida da juventude e dos trabalhadores.

Porém agora vivemos um novo momento das lutas que desde 2013 se agudizaram e tivemos importantes processos de resistência. De lá pra cá ocorreram diversas greves, como não se via há décadas e a juventude se colocando fortemente, como as ocupações dos secundaristas, que deram um grande exemplo.

2013 foi o início deste novo momento e começou justamente com a luta contra o aumento da tarifa, chamada pelo MPL.

No entanto é necessário aprender com os processos de luta. As jornadas de Junho inauguraram toda uma fase de despertar das lutas mas tiveram limitações. Apesar da vitória com a derrubada do aumento e da massificação, os atos se tornaram difusos e não conseguiram avançar para questionar o governo e o regime até o final, abrindo inclusive espaços para setores de direita demagógicos tentarem colocar a cabeça de fora. Para nós do MRT, um elemento fundamental para que o movimento não avançasse em sua politização foi a ausência de uma organização coletiva e a partir das bases que discutisse e deliberasse os rumos do movimento.

Os secundaristas deram grande exemplo ao conformar um comando das escolas de luta onde cada escola debatia e tirava suas posições e levavam a este organismo central para que o movimento se articulasse e se organizasse em nível estadual.

Achamos que para que esta luta seja vitoriosa é preciso que avancemos em nossa organização, e seguindo o exemplo dos secundaristas, criemos um comando com delegados eleitos nos locais de trabalho e estudo, que levem as discussões, pautas e propostas tiradas em suas bases. Assim fortaleceremos a democracia direta e aqueles que constroem o movimento poderão participar efetivamente das decisões.

Não basta assembleias para decidir apenas o trajeto, ou assembleias e comitês de bairro que não têm poder de decisão nenhum no movimento geral. Não basta apenas os integrantes do MPL decidirem as pautas e as datas dos atos. O conjunto do movimento deve ter um organismo de articulação e decisão geral a partir de suas bases para que avancemos na politização e nos debates e possamos nos organizar cada vez melhor para enfrentar os governos e os capitalistas dos transporte como um só punho.

Para nós do MRT, o movimento deve lutar por pautas que se embatam profundamente com a lógica do transporte-mercadoria que só favorece aos empresários. Por isso achamos que devemos lutar contra o aumento, pelo passe livre e pela estatização de todo transporte sob controle dos usuários e trabalhadores. Já que as empresas e os governos são incapazes de nos dar um transporte público, gratuito e de qualidade, tomemos nas nossas mãos esta tarefa!

Porém, achamos que todos os setores do movimento devem ter o direito de defender as pautas e propostas que acham corretas, mas a decisão deve ser coletiva. Por isso a maneira de viabilizar este avanço na democracia interna do movimento é se organizando a partir dos diversos locais de estudo e de trabalho, onde for possível desde já com assembleias e comandos em cada local, e apontando para uma organização democrática com delegados de base na medida em que o movimento venha a se massificar.

Vamos pra cima e não tem arrego!!




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