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GREVE DA EDUCAÇÃO | Professores seguem em greve e fazem grande ato na Av.Paulista

sábado 28 de março de 2015 | 00:30

No dia 27 de março os professores da rede estadual de São Paulo realizaram no MASP a terceira assembleia desde que a greve foi deflagrada, no dia 13. A assembleia, de forma unânime, ratificou a continuidade da greve, já que o governo tucano de Geraldo Alckmin continua mantendo sua postura intransigente reafirmando que não negociará o reajuste salarial.

No entanto, para a próxima segunda-feira, dia 30 de março, haverá uma negociação entre a APEOESP e Herman Voorwald, secretário estadual de ensino. Essa reunião já estava marcada antes mesmo da greve ser votada e tinha como pauta a apresentação de um plano de carreira para os professores a ser executado pelos próximos quatros anos. Agora, com a existência da greve, os representantes do governo do estado terão que se pronunciar sobre as pautas apresentadas.

Estas englobam, além do reajuste salarial, a questão das salas superlotadas, o fim da quebra de contrato por duzentos dias dos professores de contrato precário, e as aposentadorias, que estão sendo deliberadamente atrasadas pelo governo, entre outras demandas. Durante a negociação haverá um ato dos professores em frente ao prédio da Secretaria Estadual da Educação, onde ela ocorrerá. Também se votou uma nova assembleia para o dia 2 de abril, quinta-feira, no MASP, para avaliar os resultados da negociação e a continuidade da greve.

Ato de milhares toma as ruas depois da assembleia

Após a realização da última assembleia, os professores saíram em ato pela Av. Paulista até a Praça da República, tomando as ruas numa manifestação bastante significativa, que reuniu dezenas de milhares de pessoas mostrando que a greve existe e se fortaleceu, contrariando as afirmações feitas pelo governador Geraldo Alckmin.

Os dados da polícia militar noticiaram 10 mil pessoas (o que parece um número depreciado, segundo professores presentes no ato relataram ao Esquerda Diário), enquanto a APEOESP fala em 60 mil.

Cantando palavras de ordem sobre a importância da luta por uma educação pública, gratuita e de qualidade para todos, os professores receberam ao longo do trajeto diversas manifestações de apoio da população.

Análise sobre o movimento

Apesar de a assembleia ter votado por unanimidade a continuidade da greve, é preciso que esse espaço seja efetivamente ocupado pelo ativismo que está surgindo. É necessário que os comandos de greve, que estão construindo amplamente essa mobilização nas regiões, possam se expressar nas assembleias, colocando sua visão sobre os rumos que a luta deve seguir.

O modelo de assembleia-comício, nos quais falam sempre os mesmos, está esgotado. Da mesma forma, é preciso que as comissões de negociação sejam compostas por representantes do sindicato e dos comandos, eleitos em assembleia. A discussão sobre esses importantes temas, às vésperas da primeira negociação marcada com o governo do estado, foi ausente nessa assembleia. Isso deve ser revertido para que aqueles que efetivamente constroem essa greve no dia a dia sejam os que definam seu rumo.




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