De 16 a 19 de outubro aconteceu o 29º Congresso do Sinpeem, reunindo cerca de 4 mil professores e trabalhadores da educação. Apesar da posição vacilante da direção do Sindicato, os professores tiveram pulso firme e aprovaram posicionamento contra a reacionária figura de Jair Bolsonaro.
domingo 21 de outubro de 2018 | Edição do dia
O congresso que reuniu professores e trabalhadores da educação deixou bem claro que existe vivo na categoria o sentimento de rechaço ao retrocesso que representa a figura da extrema-direita. A aprovação do importante posicionamento foi resultado da luta política que o Nossa Classe Educação, o Esquerda Diário e dezenas de professores e educadores deram em relação ao posicionamento vacilante de Cláudio Fonseca, presidente do Sinpeem.
O importante momento político em que nos encontramos não dá espaço para posições em cima do muro, é preciso escolher um lado, e os professores mostraram o seu, que é do lado oposto ao da direita, mostrando que não abaixarão a cabeça diante do avanço de Bolsonaro e de sua já arquitetada agenda de ataques. Para além de simplesmente um minuto de silêncio, nós professores tivemos um contundente posicionamento político e precisamos ampliá-lo ainda mais, nos organizando junto aos educadores e conjunto da sociedade para impor uma derrota ao Bolsonaro que se dê para além das eleições.
Junto a esse importante posicionamento, os professores também aproveitaram o momento e, impulsionados também pelo Esquerda Diário e pelo movimento Nossa Classe Educação, que é composto pelo MRT e professores independentes, demonstraram solidariedade na homenagem prestada ao Mestre Moa, capoeirista baiano morto a 12 facadas por um eleitor de Bolsonaro, e em homenagem à ex-vereadora Marielle Franco, assassinada pelas mãos do Estado através da Intervenção Federal, que teve sua placa quebrada por membros do PSL no Rio de Janeiro.
Veja mais fotos dos professores e educadores na página do Nossa Classe Educação.