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PROFESSORES RECIFE | Professores de Recife decretam greve por tempo indeterminado

Nessa terça-feira, 10, mais de 6 mil professores da rede municipal de Recife decretaram greve por tempo indeterminado após as absurdas propostas do governo de Paulo Câmara (PSB), de parcelar o reajuste salarial, também exigindo a realização de concursos para ocupar as vagas ociosas.

quarta-feira 11 de março de 2020 | Edição do dia

Foto: SIMPERE

A decisão foi tomada após uma assembleia, na qual a categoria rejeitou a proposta da prefeitura, que indicou o que cumprimento da Lei do Piso Salarial, que prevê um reajuste de 12,84% aos professores, fosse parcelado em três meses, começando apenas no mês de outubro. Até lá, os professores teriam que se contentar com seu salário atual, já profundamente defasado nesse cenário de crise.

Além disso, exigiram do governo a realização de concursos para ocupar as mil vagas da rede, eleições diretas para gestores de escolas e melhorias no plano de saúde do servidor, autonomia no uso da carga horária voltada para planejamento de aulas e provas (Aula Atividade), abertura de nova lista para acréscimo de carga horária e ampliação e melhoria do plano de saúde do servidor municipal (Saúde Recife)

No mesmo dia da assembleia, uma passeata de professores ocupou as ruas do Centro de Recife. Grande parte das escolas estão paradas ou funcionando parcialmente, em parte devido a uma autoritária medida que impede que professores contratados façam greve com ameaça de perderem seu emprego.

Essa greve é mais uma mostra que os trabalhadores do país ainda não estão derrotados. Diversas categorias de professores tem se mobilizado no último período, como em SP e em MG, e no Nordeste os professores do Rio Grande do Norte estão realizando uma forte greve contra a governadora Fátima Bezerra (PT).

A greve de petroleiros do começo desse ano é foi a maior demonstração de força contra o governo Bolsonaro até hoje, e nos fornece uma série de lições de como aprofundar a auto-organização dos trabalhadores junto aos setores oprimidos, em cada local de trabalho, para se enfrentar contra o aprofundamento das reformas que tanto o Congresso propõe, como Bolsonaro busca fazer a partir de um avanço do autoritarismo no país.

Essa mobilização independente dos trabalhadores é que o pode impedir o avanço contra as já escassas liberdades democráticas, derrotando o consenso dos capitalistas de descontar a crise nas costas dos trabalhadores, portanto o dia 18 deve ser um dia de paralisação nacional forte construído nas assembleias e comandos de luta.




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