Professores da zona oeste convidam colegas e as comunidades escolares dessa região de São Paulo a debaterem junto a Diana, que é militante do MRT e candidata a vereadora pelo Psol, nesta quinta-feira. A candidata, que traz como um dos motes a campanha “Que todo político ganhe como uma professora”, está sendo convidada para expor suas visões sobre a situação atual da Educação no país, em meio à crise política instalada com o golpe institucional.
terça-feira 6 de setembro de 2016 | Edição do dia
Os professores, um dos setores mais precarizados pelo capitalismo, nessa atividade buscam fortalecer uma alternativa independente dos políticos dos partidos hegemônicos que usufruem de salários milionários e “benesses” vindas de corrupção – retiradas também da educação.
Luciana Vizzotto, uma das professoras organizadoras do evento, comenta sobre a atividade:
“Com a crise econômica, os trabalhadores da educação são parte dos setores que mais sofrem com os salários arrochados, com a retirada de direitos, como os ataques à aposentadoria, e com as condições de trabalho cada vez piores. Temos uma Educação cada vez mais sucateada pelos governos, que retiram os direitos dos jovens ao ensino de qualidade e que querem calar os professores dentro da sala de aula com o projeto “escola sem partido”. A casta de políticos cheia de privilégios, frente a tudo isso, teme que se organize uma resistência.
Por isso, querem calar os que incomodam os patrões, os que lutam contra o governo golpista do Temer e os governos dos estados, como o de Alckmin. Temem que se fortaleça uma esquerda independente do PT, que resolveu governar para os capitalistas e alimentou a mesma direita que depois nos deu um golpe. Por isso reprimem as manifestações e nessas eleições não nos dão espaço na TV e rádio. Não podemos sequer conversar com colegas de trabalho, por exemplo, nas escolas. Por isso, queremos também nas eleições fortalecer uma voz anticapitalista.”
Com a roda de conversa, buscarão abrir o espaço para que estes debates sejam feitos, visando refletir sobre as saídas dos trabalhadores da educação e da juventude nesse cenário; não só nas lutas e nas greves, mas também nas eleições.
