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PEC DO FIM DO MUNDO | Professores chamam a seguir exemplo da juventude e se mobilizar contra a PEC 241

A PEC 241, que no congresso é a PEC 55, é um grande ataque a classe trabalhadora e tem como seu principal objetivo o congelamento das verbas que serão destinadas para os principais serviços utilizados pela população, como educação, saúde e moradia. Enquanto os políticos e Judiciário seguem com seus privilégios, e os empresários com seus lucros, para barrar esses ataques é urgente uma resposta unificada dos trabalhadores seguindo o exemplo da juventude que hoje ocupa centenas de escolas e universidades.

terça-feira 8 de novembro de 2016 | Edição do dia

Diante da crise que o capitalismo está passando, os banqueiros, empresário e os grandes latifundiários querem nos fazer pagar por ela. Ao invés de taxar as grandes fortunas e dar um basta ao pagamento da dívida pública que consome 45% do PIB, o governo golpista quer aprovar uma emenda constitucional que afeta diretamente os serviços essenciais dos trabalhadores já tão precários.

Enquanto a dívida púbica consome 45% do orçamento, e os políticos e judiciário aumentam seus próprios salários, deputados e senadores custam aos cofres públicos mais de R$1 bilhão por ano, e aumentaram seus salários; cada um dos 81 senadores custa mais de R$2 milhões por mês. Já os juízes brasileiros são os mais caros do mundo: custam 1,3% do PIB nacional, sem considerar as regalias e ajudas de custo.

Junto com a PEC 241, o governo aposta em outros ataques como a aprovação da MP da reforma do Ensino Médio, a proposta de reforma da previdência, terceirização, privatizações e a reforma política, que longe de combater a corrupção, impõe ainda mais a hegemonia dos partidos da ordem e ricos.

A educação pública continua passando pelo desmonte característico do projeto dos governos para a área, com sucateamento, abandono e agora a suposta "reforma" do Ensino Médio, que nem ao menos pode ser chamada de reforma, já que o governo Temer impôs essa medida através de uma medida provisória, de forma autoritária e sem discussão minima com professores, alunos e a sociedade quem realmente conhecem como está a situação da educação.

Apesar de tantos ataques que este governo tem deflagrado contra a população, os estudantes, que o ano passado derrotaram o fechamento de escolas, uma ainda maior superlotação de salas de aula e a demissão de milhares de professores que viria com a "reorganização escolar" de Alckmin em São Paulo, este ano seguem com uma forte luta. No Paraná chegaram a ocuparam mais de 800 escolas contra a PEC 241 e a MP do ensino médio, o que incendiou o restante do país com mais ocupações de escolas, Institutos Federais e chegando com força as universidades. Este é o caminho que devemos acompanhar nossos alunos e os estudantes. É preciso massificar as ocupações e combater a repressão truculenta contra a nossa juventude lutadora. Nós trabalhadores, que estamos sofrendo com rebaixamento dos salários, o aumento da inflação e demissões, devemos nos unir e nos inspirar no movimento que os estudantes tem feito pelo país.

Diante de todo esse cenário de ataques as entidades estudantis e os sindicatos não podem continuar com suas subordinações ao PT, que por isso segue deixando de organizar os trabalhadores e colocar suas forças em apoio a vitória contra a PEC 241 e a Reforma do Ensino Médio. É com essa subordinação que segue também o sindicato dos professores de São Paulo, a Apeoesp, que está chamando para esta sexta-feira dia 11/11 uma paralisação, mas que mesmo sendo um dos maiores sindicatos da América Latina não tem destinado nem um terço de suas forças para colocar a categoria nas ruas contra todos os ataques que estão em curso contra a educação e também aos servidores públicos, como essa nova regra aprovada pelo judiciário autoritário que legitima o corte de ponto dos servidores grevistas, indo contra o direito de greve de todo trabalhador.

A Apeoesp deve respaldar os professores e dar total condições para que estes convoquem reuniões, assembleias e debates em suas unidades escolares, convidando também a comunidade escolar, para clarificar esses ataques, deixar claro que somos contra essas medidas destruidoras da educação e organizar assim um plano de luta impulsionado pelas bases e por quem realmente importa, os que fazem a educação, professores, pais e alunos.

A assembleia convocada pela Apeoesp para o próximo dia 11 precisa ser parte do Dia Nacional de Luta que as centrais sindicais como a CUT e a CTB estão convocando em todo país, o que claramente a direção majoritária do sindicato vem tentando boicotar não explicitamente, mas pela ausência total de informação sobre isso. Não podemos ter mais uma assembleia adaptada, com pautas extensas e sem um plano claro de luta. O dia 11 deve servir para colocar os professores nas ruas para derrotar esses ataques de Alckmin, Temer e o judiciário reacionário.

Chega de assembleia do blá blá blá. Dia 11 vamos às ruas em apoio as ocupações em todo Brasil e para nos unificar a luta contra a PEC 241 e a Reforma do Ensino Médio.




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