O Procurador Geral da República recebeu, dos senadores da CPI da Covid, o relatório final da investigação e afirmou, hipocritamente, que agora as "investigações poderiam seguir com agilidade".
quarta-feira 27 de outubro de 2021 | Edição do dia
(Foto: Agência Senado)
Aras elogiou a CPI, porém é importante lembrar de seu papel enquanto blindagem de Bolsonaro contra denúncias. Aras afirmou que, graças a CPI, foi possível abrir "várias investigações em curso, ações de improbidade, denúncias já ajuizadas, afastamento de autoridades estaduais e municipais", e que terá a "agilidade necessária" com as novas denúncias.
No entanto, Aras nem sequer citou Bolsonaro, que teve o indiciamento pedido pela CPI da Covid. Por terem foro privilegiado, o presidente e figuras como ministros, deputados e senadores só poder ser processados pela PGR. Além dele, o ministro do STF Alexandre de Moraes também recebeu da mão dos senadores o relatório final da CPI da Covid.
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A estratégia dos senadores, com esta ação, vai no sentido de pressionar a PGR e o judiciário, pilares do regime repressivo em que está o país, a darem continuidade as denúncias, buscando desgastar Bolsonaro por cima. Estes setores, tanto no Senado quanto no Judiciário, se colocam como oposição ao presidente, mas se unem a ele para aprovar ataques e reformas contra os trabalhadores.
